Uvas Roquefort

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Um dia, numa festa de casamento, notei essas bolinhas cuidadosamente amontoadas como um imenso cacho de uvas. Ao redor, cachos e mais cachos de uvas frescas nas mais diversas cores, tamanhos e tipos. Como muitos convidados gravitavam em torno da mesa, eu não quis enfrentar a multidão. Lá para as tantas, Dada apareceu sorrindo, mandou que eu fechasse os olhos (ele diz que adora observar minhas reações diante de comida), e colocou uma bolinha na minha boca. Foi uma surpresa. Nunca imaginei que poderiam ser doces, salgadas, cremosas e suculentas ao mesmo tempo.

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As opiniões se dividem. Alguns amam e outros não. Para mim, quanto mais fininha a cobertura, melhor. Eu costumo refrigerar as bolinhas e retirar o excesso depois que firmam mais. Para quem gosta muito de cream cheese, vale tudo. As uvas maiores e mais docinhas acentuam o contraste entre o salgadinho e a cremosidade dos queijos.

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A cobertura é molenga. É necessário paciência. Não é como enrolar uvas cobertas tradicionais ou brigadeiros. Eu me ajeito melhor usando duas colheres.

Uvas Roquefort


1 xícara de amêndoas, pecãs ou outro tipo de nozes moídas
250 g de
cream cheese, em temperatura ambiente
100 g de Roquefort, Gorgonzola ou outro tipo de queijo azul (ou a gosto)
2 colheres (sopa) de creme de leite (
dependendo da consistência do cream cheese)
Uvas vermelhas ou verdes (de preferência sem sementes, mas eu usei as Red Globe)

Misture o cream cheese, queijo azul e creme de leite (se necessário), até formar um creme. Passe as uvas nessa mistura usando uma espátula (ou duas colheres) e depois nas nozes moídas. Coloque em uma travessa forrada com papel manteiga. Cubra com filme plático e refrigere para firmar.
Fonte:Martha Stewart

Thoran de Couve-Flor e Vagem

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Quando minha irmã e eu éramos adolescentes, minha mãe nos chamou para uma daquelas conversas entre mãe e filhas. Com um ar bem sério, ela nos disse que tínhamos que definir nossas metas e prioridades na vida. Primeiro deveríamos nos concentrar nos estudos. Depois de formadas, aí então, poderíamos pensar em namorar... E essa "coisa" de noivar e casar, só depois de aproveitar bastante a vida para que posteriormente, pudéssemos nos dedicar à família.

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Quando Pisquilinha nasceu, eu não quis passar 8 horas no trabalho e deixá-la numa creche, ou aos cuidados de outra pessoa, o dia todo. Como havia seguido à risca o conselho de minha mãe, passei a trabalhar de casa para cuidar dela e dispensar-lhe toda a atenção necessária. Assim, às vezes, o Agdá tem que ficar de lado para que eu consiga dar conta de tudo.

Esse prato pode ser incrementado com coco ralado ou até ovos mexidos. A adição de ervilhas é mais comum, mas Dada prefere as vagens. Essa é uma versão mais simples e pode ser servida com chapatis ou arroz.

Thoran de Couve-Flor e Vagem

1 couve-flor picado
1 xícara (chá) de vagens picadas
1/2 colher (chá) de grãos de mostarda preta
1/4 colher (chá) de sementes de cominho
1 cebola média picada
Pimenta malagueta a gosto
1 dente de alho amassado e picado
1/2 colher (chá) de gengibre ralado
1/4 colher (chá) de açafrão-da-terra
Folhas de curry
Sal a gosto
Óleo de sua preferência

Aqueça um pouco de óleo em fogo médio-baixo. Coloque os grãos de mostarda e o cominho. Quando começarem a pipocar, acrescente as folhas de curry, a cebola picada e a pimenta malagueta. Quando a cebola começar a dourar, adicione o alho e mexa bem. Ponha o gengibre, o açafrão-da-terra. Mexa e coloque a couve-flor e a vagem. Acrescente sal, cubra e deixe cozinhar em fogo baixo, mexendo de vez em quando, até a verdura amaciar. Se preferir, sirva com coco ralado por cima.
Adaptado de: Vij's Diary

Frango com Mozarela Defumada

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Uma pergunta que sempre me fazem no Brasil, é se eu não sinto falta "daqui " quando estou lá. A resposta é muito simples. Quando volto para "cá", sinto falta de Ju (ajudante de minha mãe), de Cris (prima de Ju) que toma conta de Pisquilinha o tempo todo... Do rapaz que, toda semana, traz o coco verde já prontinho para abrir e beber... Da moça que faz cocadas e iguarias maravilhosas e entrega em casa... Da baiana conhecida que prepara os acarajés miúdinhos sob encomendas... e pra ser sincera, eu morro de saudades até dos frentistas nos postos de gasolina, uma comodidade inexistente aqui.

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O que mais me encantou na receita foi a idéia de "assar" o molho. Geniosa! Mas qualquer outro funciona do mesmo jeito. O sabor clássico da versão tradicional é incrementado com a mozarela (ou também muçarela, segundo Houaiss) defumada. Como os queijos defumados tendem a ser intensos, às vezes, eu misturo com a mozarela comum para equilibrar o sabor. Tudo depende do gosto.

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Quero ver ainda se uso filés de frango, sem empanar. Mas para não quebrar a dieta vegerariana de Dada, vou ter que aguardar as próximas visitas. Eu experimentei essa receita quando meus amigos vieram conhecer a neve. E para não dizer que não falei nela...

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Pisquilinha se divertiu tanto, que agora quer morar no "Polo Norte" para ter neve todo dia.


Frango com Mozarela Defumada


1a. Etapa
A mistura de temperos está na íntegra, mas eu só preparei 1/3 dela :

2 1/2 colheres (sopa) de páprica
2 colheres (sopa) de sal (
preferi deixar a mistura sem)
2 colheres (sopa) de alho em pó
1 colher (sopa) de pimenta do reino
1 colher (sopa) de cebola em pó
1 colher (sopa) de pimenta vermelha em pó
1 colher (sopa) de orégano
1 colher (sopa) de tomilho

Misturei tudo e coloquei num vasilhame bem fechado. Temperei o frango com 2 colheres de chá da mistura, adicionei sal e deixei na geladeira até o dia seguinte.

2a parte

Molho de Tomate ao forno
(as proporções podem variar a gosto e conforme a quantidade que se quer preparar)

Tomates cortados ao meio, sem sementes
Dentes de alho, descascados
Orégano fresco a gosto (usei o seco)
Azeite de oliva a gosto
Pimenta do reino a gosto
Sal a gosto
Folhas de manjericão
Preheat the oven to 400 degrees F.

Misture todos os ingredientes e leve ao forno (200 C) por uns 20 ou 30 min, até os tomates começarem a murchar. Retire do forno, vire os tomates e torne a colocar no forno até quase todo o líquido evaporar e ficar tudo bem corado, cerca de 20 a 30 min. Deixe esfriar um pouco, transfira para o processador ou liquidificador. Se necessário, divida em porções e acrescente um pouco de caldo de verduras ou frango para atingir a consistência desejada. O molho deve ser consistente, não deve ficar ralo. Use logo ou deixe esfriar completamente e refrigere em vasilhame apropriado por até 4 dias.

3a. Etapa

1/4 xícara de farinha de trigo
1 ovo batido
2 colheres (sopa) de leite (
não achei necessário)
3/4 xícara (chá) de farinha de pão
Óleo de sua preferência (
usei azeite de oliva)
Sal a gosto

Passe o frango na farinha de trigo, no ovo batido e por último, na farinha de pão. Coloque no óleo aquecido e deixe somente dourar a parte externa. Ele não fica pronto nessa etapa, vai terminar o cozimento no forno.

Unte um recipiente refratário e coloque o frango preparado. Cubra com parte do molho e finalize com a mozarela. Leve ao forno (180 C) para acabar de assar o frango e gratinar a mozarela, cerca de 15 a 20 min (o tempo pode variar para mais ou até menos, dependendo da espessura dos peitos de frango).

Se preferir servir com alguma massa, utilize o mesmo molho e sirva com parmesão e manjericão.

Fonte Tasty Planner

Arroz em Folha de Banana

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Eu ainda não consegui voltar ao blog de vez. Estou às voltas com algumas atividades minhas e de Pisquilinha. Depois da neve, ela agora inventou de aprender a patinar no gelo. Tenham paciência que aos pouquinhos voltaremos ao normal.

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Sempre que retornamos de Salvador, Dada me fala que não quer ver carne, de espécie alguma, por um bom tempo. Eu acho bem mais fácil planejar e preparar refeições vegetarianas. Esse arroz é simples e muito perfumado. Dá para perceber que Pisquilinha ajudou?

A palha (folha) de banana acrescenta um sabor e aroma todo especial. Me faz lembrar do abará na Bahia. É fácil encontrar as folhas congeladas aqui, mas dizem que papel de alumínio também serve se feito no forno em vez do vapor. Vale a pena tentar.

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Depois, é só deixar o pessoal abrir... e tchan, tchan, tchan, tchan...

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Mãos à obra.

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Arroz em Folha de Banana

Arroz branco cozido (
usei umas 4 xícaras)
1 tomate maduro, sem sementes
1 colher (chá) de grãos de mostarda preta
Folhas de curry (
opcional)
1 cebola média ralada
2 dentes de alho (
mais, se preferir)
Pimenta malagueta vermelha, a gosto
1 colher (chá) de gengibre ralado (
ou a gosto)
2 colheres (sopa) de coco ralado

Passe o tomate no processador. Reserve. Passe, a cebola, o alho, a pimenta, o gengibre e o coco (juntos). Deixe formar uma mistura fininha. Aqueça um pouco de óleo (eu uso azeite de oliva) e coloque os grãos de mostarda. Quando pipocarem, acrescente as folhas de curry e logo em seguida, o creme processado. Deixe reduzir um pouco e junte:

1/4 colher (chá) de açafrão-da-terra (cúrcuma)
2 colheres (chá) de sementes de coentro moídas
1 colher (chá) de sementes de cominho moídas
1 baga de cardamomo moída
Sal a gosto

Mexa sempre e quando formar uma pasta espessa, acrescente o purê de tomate processado.
Deixe evaporar novamente, mas não permita que a mistura fique muito seca. Arrume um pouco de arroz em pedaços de folha de banana, coloque a mistura de condimentos por cima e, com cuidado, feche os pacotinhos. Antes de servir, cozinhe no vapor por uns 15 ou 20 min.
Adaptado de: Arundathi

Novo Ano

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E como diz o ditado: "Quem é vivo sempre aparece". Voltamos das férias prolongadas. Muito obrigada a todos que passaram por aqui. Eu confesso que não consegui chegar perto do computador nessas últimas semanas. Responderei aos e-mails assim que possível.

A viagem ao Brasil foi repentina e não planejada. Quando soube da tarifa da American Airlines no novo vôo direto para Salvador, foi impossível deixar passar a oportunidade. O único impecílio, a escola de Pisquilinha, foi resolvido com um programa de estudos independentes traçado pela professora. E lá fomos nós rumo à terrinha.

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Ficamos a maior parte do tempo com familiares fora da cidade. Assim, matei as saudades de todos e Dada teve seu merecido descanso, dividindo-se entre os momentos em família, o silêncio de longas caminhadas meditativas e muitas sonecas na rede. Pisquilinha e os primos pitaram o sete juntos. Pescaram, correram atrás de pintinhos e inventaram muita arte.

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Quando menos esperamos, estávamos deixando para trás rostos cobertos de lágrimas e trazendo lembranças do calor humano, afeição e muita comida boa. Graças ainda ao novo vôo, voltamos com visitas e uma missão, levá-los para ver neve.