Macarrão Singapura

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Eu ainda não descobri a razão do nome, mas dizem que em Cingapura (também Singapura) não existe, ou melhor, é diferente da versão com curry encontrada nos restaurantes chineses daqui.

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Esse pó amarelado, que tem o poder de transformar tudo em "curry", é ignorado pela comunidade indiana. Acredita-se que foi inventado pelos ocidentais, numa tentativa de comercializar as misturas de especiarias utilizadas na preparação dos curries indianos. Dizem também, que apesar de não ser consumido pela grande maioria da população na Índia, a demanda externa é tanta que passou a ser produzido lá também. A composição e o sabor variam muito conforme o fabricante.

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Eu prefiro assim simples, picante, só com camarão e cheio de verduras.


Macarrão Singapura

Macarrão bem fininho
3 dentes de alho, picados e amassados
1 cebola em fatias finas ou pétalas
1/2 pimentão verde em tiras finas (pode ser o vermelho também)
1 cenoura em tirinhas bem finas
Camarões frescos ou pré-cozidos congelados a gosto
1 xícara de brotos de feijão (moyashi)
2 colheres (sopa) de molho de soja (shoyu)
2 colheres (sopa) de curry em pó (mais, se preferir)
Pimenta malagueta (opcional)
1/4 xícara (chá) de água quente
Óleo de gergelim (ou outro qualquer)
Cebolinha verde picada
1 ovo batido

Aqueça um pouco de óleo em fogo alto e coloque o ovo batido. Faça uma panquequinha e depois de fria, corte em tirinhas ou simplesmente corte com a ponta da espátula na própria frigideira ou panela wok. Remova da panela e reserve. Limpe a panela, aqueça mais um pouco de óleo e acrescente o alho. Mexendo rápido, acrescente a cebola, a pimenta (se usar) e a cenoura. Mexa bem. Ponha o pimentão. Sem parar de mexer, adicione o curry, os camarões, molho shoyu e um pouco de sal. Acrescente a água quente, tampe e deixe cozinhar em fogo alto por alguns minutos de (3 a 5, até o camarão ficar rosadinho). Destampe e acrescente o macarrão, os brotos de feijão, o ovo preparado reservado e a cebolinha verde. Misture bem e sirva imediatamente.
Adaptado de: Allrecipes

Arroz Havaiano

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Era para ser Khao Pad Saparod, um arroz tailandês com camarão e abacaxi, mas a conversa sobre o Havaí me lembrou da famosa pizza. Fiz uma adaptação e decidi rebatizá-lo de "arroz havaiano".

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Arroz Havaiano


3 xícaras (chá) de arroz branco cozido, preparado no dia anterior e gelado (usei o Jasmim)
2 colheres (sopa de óleo
3 dentes de alho
Pimenta malagueta a gosto
1 cebola média picada
1/2 xícara (chá) de cenouras picadas a gosto
1/2 xícara (chá) de pimentão verde picado
1/2 xícara (chá) de pimentão vermelho picado a gosto
Cebolinha verde picada a gosto
1 xícara (chá) de presunto de sua preferência picado (usei de peru)
1 1/2 xícara (chá) de abacaxi picado
1 colher (sopa) de molho de soja (shoyu)
2 colheres (sopa) de molho de peixe (usei o tailandês)
Castanhas de caju (optional)

Aqueça o óleo em fogo médio-alto. Amasse o alho e a pimenta malagueta até formar uma pasta e coloque no óleo. Mexa bem. Adicione a cebola picada. Mexa por alguns minutos e adicione a cenoura e os pimentões. Depois de alguns minutos, acrescente o presunto picado, abacaxi, as castanhas (se usar) e os molhos. Por último, ponha o arroz gelado e mexa continuamente para não grudar. Sirva imediatamente.
Adaptado de: Culinary Princess

Khozukathai

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Entre meados de agosto e início de setembro, essa iguaria é preparada em comemoração ao aniversário de Ganesh, umas das divindades da mitologia hindu. Ganesh (também conhecido como Ganapati) é filho da deusa Parvati, esposa de Shiva, o deus supremo. Conta a lenda (há várias) que um dia, enquanto Shiva estava fora, Parvati criou um filho humano para vigiar e guardar a porta quando ela se banhasse. Usando pasta de cúrcuma, ela esculpiu a figura de um menino e deu-lhe vida.

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Ao retornar e dirigir-se ao encontro da esposa, Shiva é detido pelo menino que o desconhece. Indignado com a impertinência, Shiva termina por decapitá-lo com seu poderoso tridente. Parvati irada transforma-se em Kali, a deusa da destruição, e ameaça devastar o mundo inteiro (tenha medo de uma mãe com raiva). Para aplacar a ira de Parvati e se redimir, Shiva procura a cabeça do menino, mas não a encontra. Já avexado, ele pede aos soldados celestiais (chamados ganas) que tragam a cabeça do primeiro ser que encontrem.

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Ao sair, os ganas se deparam com um elefante à beira da morte. Pacientemente, aguardam que este pereça e cumprem a missão. A cabeça do elefante é então colocada no corpo do menino e Shiva lhe restaura a vida com um sopro. Parvati fica muito feliz e para agradá-la ainda mais, Shiva reconhece o menino como seu filho, o batiza de Ganesh (deus dos ganas) e determina que ele tenha prioridade em todas as celebrações. Por isso, Ganesh é sempre o primeiro a receber homenagens nas festividades, comemorações e cerimônias hindus. Acredita-se que todos aqueles que o favorecem serão agraciados.

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Massa
1 xícara (chá) de farinha de arroz
1/2 colher (chá) de sal
2 xícaras (chá) de água (aproximadamente)
1 colher (chá) de Ghee ou óleo

Recheio
1 xícara de coco fresco ralado
1/4 xícara (chá) de açúcar ou melaço (mais, se preferir bem doce)
1/4 colher (chá de cardamomo em pó (ou mais, se preferir)

Dilua o melaço ou açúcar em um pouquinho de água e leve a mistura ao fogo. Acrescente o coco ralado e deixe secar. A mistura deve ficar parecendo uma cocada mole, sem calda. Adicione o cardamomo antes de desligar o fogo. Reserve.

Prepare a massa. Ponha o sal na água e leve ao fogo até ferver. Misture o restante dos ingredientes e mexedo com uma colher, adicione a água fervente aos poucos. A massa deve ficar macia, como massa de modelar. Se necessário, aumente ou diminua a quantidade de água. Faça discos de massa achatando e espalhando com os dedos untados, coloque o recheio e feche. Role as bolotas nas mãos para formatar tomando cuidado para não apertá-las.Cozinhe-as no vapor por cerca de 10 min.

English Muffins

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Eu geralmente acordo cedo. Meus pais têm como lema "raposa que acorda tarde não pega galinha" e nos acostumaram a levantar cedo. Na adolescência, eu achava terrível, mas hoje, reconheço que essa "habilidade" sempre me ajudou e facilitou a vida quando necessário.

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Dada, ao contrário, adora dormir. Ele diz que é como meditar, relaxa e revigora. Deve ser por isso que ele é tão maravilhosamente zen. Pisquilinha respeita ao máximo esses períodos de hibernação dele. Ou pelo menos, até a vontade de brincar vencer a paciência de esperar. Quando não guenta mais, vai despertá-lo com um beijo. Ela faz de conta que Dada é a Bela Adormecida. Ele abre os olhos devagar, se espreguiça com toda a delicadeza que lhe é peculiar e sorrindo a chama de "princesa." Os dois rolam na cama brincando e assim, o fim-de-semana começa.

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Eu preparei English Muffins para o café. Embora eu não tenha conseguido os famosos e típicos furinhos, achei que ficaram bem macios. Eu gosto assim. Mais versões aqui, aqui e aqui.

English Muffins

2 1/2 colheres (chá) de fermento p/ pão
1/2 xícara (chá) de água morna
2 colheres (chá) de açúcar
1/2 xícara (chá) mais 2 colheres (sopa) de leite
1 colheres (chá) de sal
4 colheres (sopa) de manteiga (usei azeite de oliva)
Farinha de milho (fubá) ou semolina para polvilhar

Dissolva o fermento, um pouco do açúcar, 2 colheres (sopa) de água morna e reserve Aqueça o leite, restante da água e sal até quase ferver. Coloque a manteiga dentro e deixe derreter.

Misture a farinha com o leite e depois a crescente o fermento reservado. Misture bem por alguns minutos até formar uma bola de massa uniforme. Transfira para uma tigela untada, cubra e deixe crescer por 30 min.

Desinfle a massa, abra com os dedos em superfície untada procurando formar um retângulo com espessura de mais ou menos 2 cm. Utilizando um cortador de biscoito aproximadamente do tamanho de uma lata de atum em conserva, corte círculos de massa e ponha-os em assadeira ou travessa polvilhada com bastante farinha de milho ou semolina (eles tendem a grudar). Deixe-os em lugar aquecido até que dobrem de volume ou cerca de 1 hora.

Pouco antes de servir, prepare os muffins numa chapa de ferro ou frigideira untada e bem quente. É aconselhável utilizar uma espátula bem fininha ao removê-los da assadeira para evitar que desinflem. Deixe uns 5 ou 7 min de cada lado, até dourarem. Sirva ainda quentinhos.

Fonte: The Breakfast Cookbook

Dan Dan Mian

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A primeira vez que provei o macarrão Dan Dan foi num restaurante sichuanês em Chinatown, o bairro chinês de San Francisco. O lugar é pequeno e os pratos variam muito. Nunca são reproduzidos da mesma forma. A quantidade monstruosa de óleo que usam me assusta e um dia, resolvi preparar em casa.

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Segundo dizem, o nome vem de um aparato bastante usado na China. Dan é uma vara de bambu que alguns vendedores ambulantes colocam nos ombros para carregar dois baldes nas extremidades. Assim transportam os ingredientes, temperos e apetrechos para preparo da comida de rua.

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Quem diria que comida chinesa podia ser bem picante... A
pimenta de Sichuan me cativou logo de início. Dizem que ela provoca dormência na língua. Eu nunca senti, mas deve ser porque a minha já foi curtida com a pimenta baiana.

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Existem versões
infinitas e todas ligeiramente diferentes. Em alguns lugares é servido mais seco e já em outros, vem nadando em caldo, ou melhor dizendo, óleo. Tradicionalmente, o Dan Dan leva carne de porco. Eu uso soja ou frango. Embora os mais puristas reclamem, também é comum adicionar pasta de sementes de gergelim chinesa. Uma espécie de tahine escuro. Eu acho que dá um sabor especial.

Dan Dan Mian

200 g de macarrão chinês ou o comum fininho, cozido e escorrido

Cobertura
1 colher (sopa) de óleo de gergelim ou amendoim
3 pimentas vermelhas secas em pedaços (
se for de Sichuan, melhor)
1/2 colher (chá) de grãos de pimenta de Sichuan triturados
Acelga em conserva (opcional)
100 g de carne de sua preferência moída
2 colheres (sopa) de molho de soja claro
Cebolinha verde picada

Molho:
1/2 colher (chá) de grãos de pimenta de Sichuan, torrados e moídos
2 colheres (sopa) de pasta de semente de gergelim (
há quem use tahine)
3 colheres (sopa) de molho de soja claro
2 colheres (chá) de molho de soja escuro
4 colheres (sopa) de óleo apimentado (
opcional)

Aqueça bem o óleo em fogo médio. Adicione a pimenta seca, a de Sichuan e mexa até que fiquem bem aromáticas. Cuidado para não deixar queimar.

Adicione a acelga em conserva (se estiver usando) e continue a mexer. Acrescente a carne escolhida e o molho de soja. Vá mexendo até secar e dourar bem. Retire do fogo e reserve.

Prepare o molho misturando todos os ingredientes.
Se percebo que ficará seco para meu gosto, uso um pouco da água de cozimento do macarrão para diluir mais. Reserve.

Coloque um pouco do molho no fundo de tigelinhas individuais. Em seguida, ponha uma porção de macarrão em cada uma, torne a colocar mais molho por cima. Finalize com a carne preparada e a cebolinha picada. Sirva com o óleo apimentado à parte.
Fonte:Fuchsia Dunlop

Geléia de Pêssego com Especiarias

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Utilizando frutas simples, minha avó preparava deliciosas iguarias e as distribuia generosamente entre familiares e vizinhos. Todos ficavam nas núvens e sempre aguardavam esses presentinhos.

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A casa de vovó cheirava a açúcar, cravo e canela. Ela sempre tinha um docinho diferente para oferecer às comadres que voltavam da missa e paravam para um dedinho de prosa.

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Eu não tenho tachos de cobre, uso bem menos açúcar e costumo adicionar pectina de frutas para auxiliar a "geleificação", mas creio que, mesmo assim, vovó ficaria orgulhosa...


Fiz apenas meia receita.

Geléia de Pêssego com Especiarias


8 xícaras (chá) de pêssegos frescos picados e levemente amassados
4 colheres (sopa) de suco de limão espremido na hora
6 colheres (sopa) de pectina de frutas em pó
7 xícaras (chá) de açúcar (usei apenas 4)
1/4 colher (chá) de gengibre ralado
1/2 colher (chá) de noz-moscada em pó
1/2 colher (chá) de canela em pó
1/4 colher (chá) de cravo-da-índia em pó
1/4 colher (chá) de pimenta-da-jamaica

Esterilize os vasilhames e reserve. Misture o pêssego picado ao suco de limão, açúcar e 1 xícara de água. Leve ao fogo para ferver por uns 10 minutos, ou até engrossar um pouco. Usando uma colher de pau, amasse um pouco o pêssego. Cuidado para não se queimar. Adicione a pectina dissolvida em 1/2 xícara de água e deixe a mistura ferver novamente. Mexa contantemente. Ponha as especiarias e o gengibre. Deixe ferver mais um pouco, até o ponto desejado. Eu gosto quando fica bem grossinha. Retire do fogo, remova a espuma que às vezes se forma na superfície. Descanse uns 5 minutos e coloque nos recipientes esterilizados deixando um espaço de 1 cm até a borda. Tampe, deixe esfriar e refrigere.
Adaptada de: Exit Music

Idlis de Semolina e Cenoura

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O dia amanheceu nublado e frio. Divagando na cozinha ao preparar o café-da-manhã, lembrei de uma recente cerimônia de naturalização em São Francisco. Na ocasião, 1.400 imigrantes, provenientes de 105 países distintos, adquiriram cidadania americana. Sentada no auditório como convidada, observando todos os mínimos detalhes, achei curioso quando um dos diretores se dirigiu à platéia em 10 idiomas diferentes. Depois, parte da solenidade foi traduzida em pelos menos três dos idiomas mais representados. E ao final, o saguão se transformou numa verdadeira Torre de Babel. Só foi difícil encontrar alguém falando inglês.

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A rapidez com que a população da América vem mudando e se diversificando me impressiona. Às vezes, é uma maravilha conviver com tantas culturas ao meu redor e poder aprender tanto sobre todas. Por outro lado, em determinados momentos, sinto falta do meu povo, da gente que entende meus trejeitos e sabe me decifrar, principalmente quando falo baianês.

Essa é uma variação dos idlis de arroz. Já mostrei a forma onde são preparados aqui.

Idlis de Semolina e Cenoura


2 xícaras (chá) de semolina
1 xícara (chá) de iogurte natural ou kefir
1 colher (chá) de sementes de mostarda preta
1/4 colher (chá) de asafoetida (
mais, se preferir)
Pimenta vermelha seca
Folhas de curry (
opcional)
Pimenta malagueta picada a gosto
1 colher (chá) de gengibre ralado
1 colher (chá) de cominho em pó
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
Cenouras em tirinhas
Coentro fresco
Castanhas de caju
Sal a gosto
Água o suficiente

Aqueça um pouco de óleo e coloque as sementes de mostarda. Assim que pipocarem, adicione a pimenta vermelha seca e as folhas de curry. Reduza o fogo e junte a assafétida e o gengibre. Mexa bem e acrescente sal e a semolina. Mexa constantemente até que a semolina esteja bem aquecida e sequinha. Cuidado para não queimar. Coloque as castanhas de caju, o cominho em pó. Retire do fogo e deixe esfriar.

Misture a semolina fria ao iogurte e acrescente água suficiente para formar uma massa mole, mas não muito rala. A semolina tende a absorver bastante água. Comece com 1 xícara e vá acrescentando mais aos poucos, até formar uma massa que escorre da colher. Tampe e reserve. Em uma panela grande, ferva um pouco de água. Unte generosamente as forminhas ou vasilhames a ser usados. Coloque algumas folhas de coentro, castanhas e tirinhas de cenoura no fundo. Reserve.

Verifique se a massa necessita de mais água (se estiver muito pastosa, por exemplo) e ajuste. Adicione o bicarbonato de sódio, mexa bem e encha as forminhas preparadas. Cozinhe no vapor tampados por 10 minutes. Retire-os do fogo e deixe que descansem por alguns minutos antes de desenformá-los.
Adaptado de: Ruchii

Curry de Manga e Iogurte

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O curry veio só para acompanhar o arroz que roubou a cena no post anterior.

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Algumas variedades de arroz vermelho são cultivadas no sul da Índia e Sri Lanka. Esse rosado, conhecido como Rose Matta ou mais vulgarmente como "arroz de Kerala", é parboilizado. Muitos indianos afirmam que não é polido. Segundo explicam, só a casca é removida, mas o grão conserva parte da película e cor original. Já outros consideram o processo de descasca como uma forma de polimento. Eu deixo o veredito para quem entende do assunto.

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Como todo arroz parboilizado, o Rose Matta requer maior quantidade de água, demora mais para cozinhar e rende muito. Os grãos ficam bem inchadinhos depois de prontos. A textura e sabor rústicos podem inicialmente parecer um pouco estranhos àqueles acostumados ao arroz branco.

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Atualmente, não é fácil encontrá-lo por aqui. Para proteger o mercado interno, o governo indiano embargou a exportação das variedades de arroz não-Basmati.

Curry de Manga e Iogurte

Parte 1
2 mangas maduras picadas
1/4 colher (chá) de açafrão-da-terra (cúrcuma)
1/2 xícara (chá) de água
Pimenta malagueta a gosto
Sal a gosto

Parte 2
1/2 xícara (chá) de coco ralado
1/2 colher (chá) de cominho em pó
Folhas de curry

1 xícara (chá) de iogurte natural (usei o grego desnatado)

Parte 3
Óleo de sua preferência
1/2 colher (chá) de sementes de mostarda preta
1/2 colher (chá) de sementes de feno grego
Pimenta vermelha seca a gosto
Folhas de curry

Leve os ingredientes da parte 1 ao fogo até o líquido evaporar quase todo. Bata os itens da parte 2 no liquidificador ou processador até formar um creme macio. Adicione o creme à manga cozida e deixe cozinhar mais 5 minutos. Retire do fogo e deixe amornar.

Misture sal ao iogurte, mexa bem para deixá-lo cremoso e adicione à a mistura de manga.

Parte 3: Aqueça um pouquinho de óleo e acrescente as semente de mostarda. Depois que pipocarem, junte as sementes de fenogrego, as folhas de curry e a pimenta seca em pedaços. Desligue o fogo e ponha por cima do curry. Sirva com arroz.
Fonte: Spices & Flavours

Kala Chana

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O grão-de-bico escuro tem um gosto e textura diferentes da variedade clara. Ele é mais durinho e faz lembrar amendoim seco cozido. Embora seja apreciado em toda a Índia, parece ser mais consumido no sul do país.

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Esse curry está entre os favoritos no estado de Kerala e é servido principalmente no café-da-manhã. Eu adoro.

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Curry de Kala Chana

1 xícara (chá) de grão-de-bico escuro, cozido
1 colher (chá) de sementes de mostarda preta
1 cebola média picada
1 ou 2 pimentas malaguetas picadas
1 colher (chá) de gengibre ralado
2 dentes de alho, picados e amassados
2 colheres (chá) de sementes de coentro moídas
1/2 colher (chá) de açafrão-da -terra (cúrcuma)
1 tomate, sem pele e sem sementes, picado
1/2 xícara de coco ralado (fresco ou desidratado)
Folhas de curry
Sal a gosto
Óleo de sua preferência

Aqueça uma colher (chá) de óleo e coloque o coco ralado e algumas folhas de curry. Mexa até dourar. Triture em um moedor ou soque num pilão e reserve. Bata um punhadinho do grão-de-bico no liquidificador com um pouquinho de água e reserve.

Na mesma panela, aqueça um pouco mais de óleo. Acrescente as sementes de mostarda preta. Depois que pipocarem, junte folhas de curry, a malagueta, a cebola picada e deixe dourar. Adicione o alho e mexa bem. Coloque o gengibre ralado e depois o tomate. Deixe o líquido do tomate evaporar completamente. Ponha o açafrão-da-terra, o coentro em pó e o coco tostado reservado. Mexa bem. Por último coloque o grão-de-bico inteiro e o triturado. Deixe levantar fervura e cozinhe por mais uns 10 min, até o caldo engrossar.

Canapé de Cogumelos Recheados

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Existe um eterno debate sobre a "admissibilidade" da combinação de frutos-do-mar e queijo. Os conservadores repudiam a idéia, mas lembrando o velho dito popular "se não mata, engorda", eu acho que esse "delito" é inofensivo e agride somente a etiqueta dos mais puristas.

Por outro lado... O nocivo é a aceitação pacífica de conservantes e aditivos na comida que consumimos. É o desinteresse quanto à procedência e composição dos alimentos que trazemos à mesa, ou ainda, a indiferença total.

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Para canapés, os cogumelos pequenos são mais delicados. Dá para comer elegantemente, numa mordida só.


Canapé de Cogumelos Recheados

2 dúzias de cogumelos Paris ou Porto Belo baby frescos
400 g de camarões picados (
a quantidade varia conforme o tamanho dos cogumelos)
1 colher (sopa) de azeite de oliva
Alho picado e amassado
Pimenta calabresa em flocos (opcional)
Sal a gosto

Corte os camarões em pedaços. Polvilhe com sal e reserve. Aqueça o azeite de oliva. em fogo médio-alto. Coloque o alho e deixe quase dourar. Acrescente a pimenta e em seguida o camarão reservado. Quando ficarem bem coradinhos, cerca de 3 min, retire do fogo e reserve.

Creme
100 g de queijo cream cheese, (
usei o orgânico aerado)
3 colheres (sopa) de maionese (
preferi não usar)
1 colher (sopa) de leite (
Não foi necessário. A consistência estava perfeita)
1 1/2 xícara (chá) de espinafre congelado, espremido e picado (
usei 1 xícara do fresco)
3 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado na hora
2 colheres (chá) de estragão fresco picado (
não usei)
1 colher (chá) de suco de limão (
espremido na hora)
1/2 colher (chá) de molho inglês
2 colheres (sopa) de cebolinha verde picada
Pimenta vermelha em pó a gosto (opcional)
Sal a gosto (
se necessário)

Misture e refrigere.

Farofinha da cobertura
1/3 xícara (chá) de pão de forma, sem casca triturado
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 colheres (sopa) de queijo parmesão, ralado na hora
pimenta-do-reino a gosto

Misture e reserve.

Preaqueça o forno a 220º C.

Remova o cabinho dos cogumelos e coloque-os, virados para cima, numa assadeira untada. Polvilhe um pouco de sal em todos e leve ao forno por uns 10 minutos. Depois desse tempo, vire-os com cuidado e deixe que permaneçam no forno por mais cinco minutos. Retire do forno e reserve. Não desligue o fogo ainda.

Recheie os cogumelos com pedaços de camarão, creme e, por fim, a farofinha de cobertura. Leve ao forno até dourarem ligeiramente, cerca de 8 minutos. Sirva logo.
Fontes: Cuisine at Home e Noble Pig

Dashimaki Tamago

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Akemi promoveu um evento especial em comemoração aos Cem Anos de Imigração Japonesa no Brasil. Pensei que não teria tempo de colaborar, mas lembrei de algo bem simples e descomplicado.

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Dashi é um caldo de peixe, maki é um rolinho e, se não me engano, tamago significa ovo. Ou seja, dashi maki tamago é um omeletinho japonês bastante incrementado. Há uma panelinha tradicional que garante o formato quadrado ou usa-se a esteirinha de bambu, o sudaré (também conhecido como makisu), para moldar. Como não disponho de nenhum deles, improvisei, mas não é difícil.

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O molho de shoyu "claro" é parecido com o comum. Só é menos denso e mais salgado. A vantagem é que ele não escurece tanto os molhos e preparações como o outro.


Dashimaki Tamago

3 ovos grandes
1/2 xícara de (chá) de dashi (mais ou menos, dependendo da consistência)
1 colher (sopa) de mirin ou sakê (opcional)
1 colher (sopa) de shoyu claro
1 colher (sopa) de espinafre fresco picado
Carne de caranguejo, camarão, frango, kani kama, etc (pedaços pequenos ou sem, se preferir)

Misture os ovos sem bater muito. Algumas pessoas preferem peneirar os ovos depois batidos. Acrescente o dashi e os outros ingredientes que queira usar. Reserve.

Unte e aqueça uma frigideira. Usando uma concha. Coloque uma porção da mistura de ovos (só o suficiente para formar um crepe/panqueca fino (a)). Se necessário, faça movimentos circulares com a frigideira para que a massa espalhe por igual. Deixe cozinhar até que a superfície fique quase sequinha. Com uma espátula, vá enrolando como um rocambole para formar um cilíndro. Quando chegar ao final, puxe o rolinho para o canto da frigideira e
no espaço restante, espalhe mais um pouquinho da mistura de ovos para fazer um novo crepe . Assim que estiver quase sequinho de novo, comece a enrolar o cilíndro, envolvendo-o na nova camada. Proceda da mesma forma até a mistura acabar. Retire do fogo, deixe esfriar um pouquinho. Se tiver a esteirinha, formate o rolinho e depois corte-o em rodelas.
Adaptado de:Let's Get Wokking

Pão de Banana, Mel e Passas

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O feriado do dia do trabalho ontem me atrapalhou*. Pensava eu que ainda era domingo e como sempre, sentei para checar e-mails e escrever o post. De repente, me dei conta que já era segunda.

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A receita original desse pão levava nozes, mas preferi deixar sem. O ciclo "sovar a massa" na minha panificadora inclui o tempo de crescimento. Alguns modelos são diferentes. Nesse caso, é necessário retirar a massa da máquina, deixar crescer por 1 hora primeiro para depois desinflá-la e colocar para crescer novamente. Eu costumo pôr uma assadeira vazia na grade inferior do forno e sempre borrifo um pouquinho de água nela antes de assar o pão. Dizem os entendidos que vapor optimiza o crescimento.

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Ficou bem fofinho, mas o sabor da banana não estava muito perceptível.

* Em baianês tradicional, "atrapalhar" é o mesmo que desnortear e confundir. Ou seja, o feriado na segunda-feira me confundiu fazendo com que eu trocasse os dias.


Pão de Banana, Mel e Passas

2/3 xícara (chá) de água morna
1 ovo
2 colheres (sopa) óleo (usei azeite de oliva)
1/4 xícara (chá) de mel
1 1/2 banana madura (usei duas)
1 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de canela em pó
3 1/2 xícaras (chá) de farinha especial para pães
2 colheres (chá) de fermento p/ pão
1 xícara (chá) de passas
1/2 xícara (chá) de nozes em pedaços (não usei)


Misture o fermento, um pouco da água e um pouco de açúcar (1 colher de sopa) aproximadamente. Mexa bem até dissolver por completo. Deixe descansar por uns 5 a 10 min. Para preparar a massa manualmente, combine todos os ingredientes e sove o suficiente. A seguir, cubra e deixe crescer por 1 hora ou até dobrar de volume. Para usar a panificadora, coloque todos os ingredientes (exceto as passas e nozes), observando a ordem sugerida pelo fabricante. Programe a função própria para sovar. Adicione as passas e nozes (se usar) após o sinal. Ao final do ciclo, coloque a massa em superfície untada com óleo. Abra e enrole como um rocambole. Coloque em forma de bolo inglês untada. Cubra e deixe crescer em lugar abafado até dobrar de volume (cerca de 1 hora, tenha paciência). Pincele com óleo ou ovo batido e leve ao forno 200 C por 20 ou 30 min, ou até que esteja bem dourado.