Arroz Indiano com Iogurte

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O que mais admiro na culinária indiana é a inventividade e riqueza de sabores, aromas e texturas. Sempre fico imaginando como é que descobriram o uso para determinadas especiarias e como surgiu o casamento perfeito de condimentos nos mais diversos pratos. Coisas que nunca tinha imaginado juntas aparecem harmoniosamente em criações incríveis.

Desde que descobri esse arroz com iogurte, nunca mais senti saudades de risoto com creme de leite. Já experimentei diferentes versões, cada uma melhor que a outra. Dependendo da região de origem, o preparo difere. Pode ser simples ou com castanhas, lentilhas torradas ou coco ralado, servido com coentro picado, pimenta verde ou vermelha seca, sementes de romã e outras frutas. A receita hoje é de uma amiga indiana. Gosto da adição de assafétida, um condimento mal cheiroso e esquisito, de sabor exótico e diferente. Tem cheiro de chulé, por isso mantenho as latinhas bem fechadas. A assafétida dá um toque todo especial, mas pode ser excluída, caso não esteja disponível.

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Arroz com Iogurte

3 xícaras (chá) de arroz cozido
Óleo de sua preferência
1 colher (chá) de sementes de mostarda preta
Folhas de curry (opcional)
1/4 colher (chá) de assafétida
1/2 colher (chá) de gengibre ralado
2 pimentas malaguetas picadas
1 1/2 xícaras (chá) de iogurte natural
Castanhas de cajú torradas
Sal a gosto
Sementes de romã

Aqueça o óleo e coloque as sementes de mostarda. Quando começarem a pipocar, acrescente as folhas de curry, o gengibre, a pimenta malagueta e a assafétida. Mexa rapidamente. Em seguida, acrescente o arroz, o sal, misture e retire do fogo. Deixe esfriar um pouco para acrescentar o iogurte e ajustar o sal, se necessário. Sirva com as castanhas e sementes de romã.

Bolinhos de Banana

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Eu já tinha terminado de preparar o jantar e estava em fase final de arrumação da cozinha, quando minha Pisqüilinha anunciou que queria fazer cupcakes para "Dada". Em seguida, pegou o aventalzinho, arrastou a escadinha e subiu com muita agilidade. Ao me ver, ali parada, franziu a testa e declarou que já estava pronta para começar. Como o desejo de "Sua Majestade" é uma ordem, lá fomos nós...

Aproveitei para fazer uma receita nova e usar algumas bananas já passadas. Os bolinhos ficaram ótimos, tão macios que achei desnecessário preparar a cobertura. E assim, o café-da-manhã de "Dada" ficou pronto.

Cupcakes de Banana

3/4 xícara (chá) de açúcar granulado
1/2 xícara (chá) bananas bem maduras ou já passadas
1/4 xícara (chá) de manteiga, em temperatura ambiente
1 colher (chá) de extrato de baunilha
2 ovos
1 xícara (chá) de farinha de trigo
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
2 colheres (chá) de fermento (a receita original não pedia)
1/4 colher (chá) de sal
1/4 colher (chá) de noz-moscada
1/4 xícara (chá) de iogurte natural desnatado

Cobertura de Queijo Cremoso

1 3/4 xícaras (chá) de açúcar confeiteiro
1/2 xícara (chá) de queijo cremoso (cream cheese) light, gelado
1/2 colher (chá) de extrato de baunilha

Pré-aqueça o forno 180° C.
Amasse as bananas com 1/4 de xícara de açúcar e reserve. Junte a farinha de trigo, bicarbonato de sódio, sal, fermento, e noz moscada e misture bem com um batedor de arame. Reserve.

Bata o açúcar restante com a manteiga e a baunilha até formar um creme. Acrescente os ovos, misturando bem após cada adição. Adicione a mistura de bananas e mexa até incorporar. Aos poucos, junte a mistura de farinha, alternando com o iogurte. Ponha em forminhas e asse por 25 min. Desenforme 10 min após sair do forno. Prepare a cobertura misturando todos os ingredientes na batedeira.
Fonte: Cooking Light

Feriado de Memorial Day

No fim-de-semana prolongado, visitamos o Discovery Kingdom. Gosto de apreciar a organização, limpeza e infra-estrutura desses parques. Também me impressiona a diversidade étnica e os diferentes idiomas falados todo o tempo. Acho que a face da América está mudando...

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Escolhemos esse lugar por ser interativo e oferecer alternativas para crianças menores. Gostamos em especial dos animais...

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Alimentamos girafas ...

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Assistimos ao show de Shouka, a baleia...

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O encontro com golfinhos... Momento Kodak que não tem preço. Nada nesse mundo se compara à expressão no rosto de minha "Pisquilinha" nessa hora.

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E para não deixar de falar em comida, afinal o blog é culinário, apresento "Funnel Cake", o ítem mais solicitado em todo o parque. A massa frita é servida com diversas coberturas, sendo a de morangos com creme chantily, a mais popular. Enfrentei uma fila quilométrica para comprá-lo e só fiz o sacrifício por que o marido insistiu em experimentar. Procuro comer pouco nesses lugares, pois dificilmente encontro opções que se enquadram em minha dieta. A aparência e o sabor de certas "iguarias" daqui, nem sempre me agradam. Essa não foi uma exceção, mas a limonada fresca, estava ótima. Só o preço de US$4,00 é que achei salgadinho.

Frico

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Para quem aprecia o gostinho de queijo tostado, frico é um deleite. Segundo a revista Cook's Illustrated, esse waffer crocante de puro queijo, que derrete na boca, é originário da Itália.

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Tanto no forno quanto no fogão, o preparo é facíl. Pode-se usar queijos variados, acrescentar ervas, condimentos e/ou especiarias para enriquecer o sabor, e até o formato pode variar conforme a criatividade de cada um. Já fiz tubinhos. cones e cestinhas para saladas. Ficam todos muito bonitos.

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Gosto de servir frico com sopas cremosas ou colocar uma travessa cheia deles para os amigos beliscarem enquanto conversam. Se por acaso esqueço, eles sempre se incumbem de me lembrar.

Frico Básico de Forno

Queijo Parmigiano-Reggiano, ralado na hora

Pré-aqueça o forno (180 C). Em assadeira anti-aderente, espalhe o queijo ralado, formando círculos. Asse por 8 ou 10 minutos até começar a dourar. Utilize uma espátula para removê-los.

Pão de Queijo

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Como a tradição de comer pão de queijo mineiro não é muito peculiar entre os baianos, polvilho não consta dentre os ítens indispensáveis que trago na volta do Brasil. Só que de vez quando, bate lá uma vontadezinha de tentar preparar essa especialidade brasileira e foi assim, que Fer e Márcia me ajudaram a sair da escuridão e enxergar o tal tapioca starch, vulgo polvilho, que estava bem debaixo do meu nariz o tempo todo. Minha mãe costuma dizer que "quem não sabe é como quem não vê ". Agora, posso atestar que é verdade.

Uma vez de posse do ingrediente-chave, o problema era encontrar uma receita descomplicada que, de preferência, oferecesse alternativas para substituir o queijo de minas. A solução veio daqui. Achei fantástica a idéia de combinar queijo feta e muçarela. Como o tapioca starch não apresenta aquele azedinho característico, a opção parecia perfeita para equilibrar as coisas.

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Tive que usar minha intuição quanto ao ponto da massa, pois a receita não especificava a quantidade exata de polvilho. Acho que da próxima vez, até usarei menos. O tempo no forno também foi estimado. E assim aconteceu minha primeira aventura na produção de pão de queijo.

Pão de Queijo

1/2 xícara (chá) leite quente (usei desnatado)
1 colher (sopa) de manteiga
200 g de queijo Feta (usei o desnatado)
100 g de muçarela ralada
400 a 500 g de polvilho (usei menos que 400 g)
1 ovo
Sal, se necessário

Aqueça o leite e a manteiga. Escorra o líquido do queijo feta e amasse com um garfo. Misture à muçarela. Acrescente o leite quente, o ovo levemente batido e o polvilho. Misture bem até o ponto de poder fazer as bolinhas. Coloque em assadeira levemente untada. Asse em forno pré-aquecido a 200°C até que dourem ligeiramente (15 a 20 min).

Panna Cotta

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Eu adoro sobremesas cremosas e leves, com caldas que dão vontade de lamber o prato. Bolos e cookies não fazem minha cabeça depois de uma refeição e para mim, só na merenda.

Panna cotta me lembra manjar de coco com calda de ameixas, mas geralmente leva muito creme de leite e contém muita gordura. Ontem, adaptei uma versão mais simples, substituindo parte do creme de leite por leite evaporado desnatado (até rimou!!). O produto final me agradou bastante, só que como achei receitas com iogurte, vou continuar experimentando. A calda foi um aproveitamento de vinho e geléia de blueberry que tinha em casa. A quantidade de açucar foi reduzida em função disso mas pode ser ajustada.

Panna Cotta de Baunilha com Calda de Geléia e Vinho

1 1/2 de xícara (chá) de leite evaporado desnatado
1/2 de xícara (chá) de creme de leite
2 colheres (sopa) de açúcar
1 favo de baunilha
1 1/2 colher de chá de gelatina incolor e sem sabor em pó
3 colheres (chá) de água

Calda

1 xícara (chá) de vinho tinto
2 colheres (sopa) de açúcar
1 xícara (chá) de geléia de blueberry (ou outra de sua preferência que combine com o sabor do vinho)

Misture o leite, o creme de leite, a fava de baunilha aberta e o açúcar. Leve ao fogo e deixe ferver. Retire a fava de baunilha, raspe o interior com uma faquinha e coloque as sementinhas novamente no leite. Mexa bem e deixe cozinhar por mais 2 min. Retire do fogo. Polvilhe a gelatina na água e adicione ao leite quente. Mexa e coloque em tigelinhas. Refrigere por pelo menos 3 horas. Utilize uma faca fina ou espátula para soltar os lados e desenformar, ou sirva no próprio potinho.

Leve ao fogo todos os ingredientes da calda até atingir a consistência desejada.


Macarrão com Salmão Defumado e Aspargos

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No início da quinzena, quando começo a procurar receitas utilizando o ingrediente, nunca acho, mas depois que o prazo passa, lá vem elas em tudo que é lugar. Tenho sempre salmão defumado e aspargos congelados em casa para preparar esse macarrão em caso de visitas inesperadas. É bem rápido e bastante solicitado. Fui olhar meus arquivos, do tempo em que não tinha blog, para ver de onde tirei a idéia e qual não foi minha surpresa.

Adaptação: Enquanto o macarrão cozinha, refogue ligeiramente alho e cebola em azeite de oliva. Depois acrescente os aspargos cortados, endro e pimenta-do-reino moída na hora. Coloque o salmão em pedaços, tirinhas de manjericão e o macarrão quente. Misture tudo, regue com um pouquinho da água do cozimento do macarrão e suco de limão, coloque o tomate picado por cima, tampe e depois de alguns minutos, desligue o fogo e sirva. Aqui gostamos de usar queijo parmesão ralado na hora.

O Dilema

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Abri o jornal e lá estava uma wafleira em liquidação a preço módico. Juntando um cupom de desconto que tinha e ficaria melhor ainda. A grande surpresa foi no caixa, como promoção da semana, raspei um cartãozinho e ganhei outro desconto instantâneo. Inacreditável!

Quando vejo os encartes lindos no jornal ou ando pelas lojas bisbilhotando as novidades, fico matutando sobre essa fartura, abundância e consumismo, que encantam tanto as pessoas. Tudo é tão atrativo e, de certa forma, tão mais acessível. A maquininha saiu literalmente a preço de banana, mas mesmo assim, só comprei por que há muito vinha querendo fazer waffles. O problema é que não queria adquirir mais um eletrodoméstico. Esse dilema persistia desde que casei, quase oito anos, mas finalmente desatei o nó e para estrear, fiz a receita dos entendidos, voilà...

Waffles com Fermento Seco

1 3/4 xícaras (chá) de leite (usei desnatado)
6 colheres (sopa) de azeite de oliva (receita original usa manteiga)
2 xícaras(chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de açúcar granulado
1 colher (chá) de sal
1 1/2 colher de (chá) de fermento para pão
2 ovos
1 colher (chá) de baunilha

Aqueça o leite e o azeite de oliva por 3 ou 5 min. Deixe amornar. Retire um pouco de leite morno, junte o fermento, o açúcar e deixe descansar por 5 min. Enquanto isso, misture a farinha e o sal. Junte a mistura fermentada ao restante do leite e, aos poucos, agregue à farinha. Misture até incorporar. Bata levemente os ovos com a baunilha e junte à massa. Mexa com o batedor de arame até incorporar. Cubra com filme plástico e refrigere de 12 a 24 horas.

Mais ou menos 30 min antes do preparo, retire a massa da geladeira, mexa bem e deixe descansar em temperatura ambiente. Prossiga conforme as intruções de funcionamento da wafleira.

Almôndegas de Tyler

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Essa receita veio de um programa de televisão chamado Food 911, um dos poucos que assisto. O chef Tyler Florence, muito carismático e com um sorriso encantador, vai até a casa dos telespectadores para ensiná-los a preparar os mais variados tipos de pratos. E quem não gostaria de recebê-lo em casa, hein?

As almôndegas têm recheio de muçarela (aprendi com a comadre que é com ç) e, logo de cara, pareciam deliciosas. Tinha planejado serví-las com molho e tudo, mas as danadinhas estavam tão convidativas que acabamos comendo assim, só com molho de pimenta. Por fora, ficaram sequinhas e por dentro, estavam suculentas e maravilhosas. O pior é que, na pressa para comer logo, acabei esquecendo de fotografá-las com o recheio à mostra. Mas isso, eu creio, não é difícil imaginar.

Almôndegas de Tyler

1 cebola picada
4 dentes de alho picados e amassados (aumentei a quantidade)
2 colheres (sopa) de salsinha picada
Manjericão picado a gosto
1 xícara (chá) de leite
2 fatias grossas de pão sem casca
1 kg de carne moída (a receita original leva carne de porco, de boi e de vitela)
1 ovo grande
1 xícara (chá) de queijo parmegiano-regiano ralado na hora
Sal e pimenta-do-reino
300 gr de muçarela em cubos
Azeite de oliva

Aqueça 3 colheres (sopa) de azeite de oliva, refogue bem o alho e a cebola. Quando dourar, acrescente a salsinha e manjericão. Retire do fogo e deixe esfriar.

Coloque o pão de molho em leite suficiente para que fique bem úmido. Reserve. Em uma tigela misture a carne moída, o ovo, o queijo, e tempere com bastante sal e pimenta. Retire o excesso de leite do pão apertando levemente com as mãos. Acrescente-o à carne, juntamente com a mistura de cebolas já fria. Misture bem, mas não demais para não endurecer. Forme as almôndegas colocando um cubo de queijo no centro de cada uma.

Pré-aqueça o forno a 180 C. Aqueça um pouco de azeite de oliva na mesma frigideira usada para as cebolas. Vá colocando as almôndegas devagar e deixe-as dourar. Vire cuidadosamente para que dourem por igual, sem quebrar. Coloque-as em assadeira untada e leve ao forno para terminar de assar, aproximadamente 15 minutos.

Risoto Light de Aspargos e Ervilhas

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Aprendi com minha mãe a evitar produtos enlatados ou em conserva, exceto é claro, certos produtos clássicos e considerados insubstituíveis, como leite condensado, ameixa em calda e queijo de cuia, que por sinal, não tem mais aquele gosto de antigamente. Nunca comíamos coisas que não encontrávamos in natura. Aspargos, por exemplo, só provei pela primeira vez aqui nos EUA. Logo, o incorporei ao meu cardápio, procurando utilizá-lo de diferentes maneiras. Foi assim, que descobri uma alternativa providencial, uma versão de risoto mais light, sem creme de leite. Dei minhas pinceladas aqui e ali, substituí umas coisinhas e acrescentei outras, até ficar como queria.

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Risoto Light de Aspargos e Ervilhas

1 colher (sopa) de azeite doce
1 cebola grande picada
2 dentes de alho picados e amassados
1 xícara (chá) de arroz arbório
1/4 xícara (chá) de vinho branco
3/4 xícara (chá) de queijo parmesão ralado na hora
Pimenta-do-reino a gosto
1/2 xícara (chá) de pinhões tostados
1 maço de aspargos cortados
1/2 xícaras de ervilhas congeladas
4 ou 5 xícaras de caldo de verduras para cozimento, ou o quanto baste

Aqueça o caldo de verduras e reserve. Refogue o alho e a cebola no azeite de oliva. Adicione o arroz e deixe refogar por mais ou menos 1 minuto. Acrescente o vinho e mexa constantemente até evaporar. Vá acrescentando caldo quente em pequenas porções e mexa sempre, aguardando até que todo o líquido evapore para adicionar mais. Antes de acabar, e de completar o cozimento do arroz conforme a consistência desejada, adicione os aspargos e as ervilhas, permitindo que cozinhem o suficiente. Acrescente os pinhões, a pimenta-do-reino e o queijo ralado. Mexa e retire do fogo. Sirva com mais queijo ralado.

Elote

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Quando morava em Chicago, durante o verão, me deliciava com esse milho ao estilo mexicano. O elote é vendido em carrinhos nos parques e praças da cidade. As espigas são cozidas em água e sal, cobertas com maionese (eu uso cream cheese light), passadas no queijo ralado e depois generosamente salpicadas com chili (pimenta vermelha em pó). Impossível comer um só.

Outra lembrança gostosa que tenho é de quando participei do programa AFS em IOWA, estado norte-americano famoso pela produção de milho. Lá, vi pela primeira vez esse kit amarelinho, que minha família anfitriã usava muito. Mais tarde, quando casei e fui morar em Chicago, recebi um kit de presente deles, como recordação de minha estadia.

Pão de Feijão

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Uma das coisas que aprendi aqui na América foi a sempre examinar a lista de ingredientes e informação nutricional nas embalagens antes de comprar qualquer produto. Quando em casa, no Brasil, adoro passear pelos supermercados verificando tudo. Às vezes, percebo que as pessoas me olham com estranhamento, pois essa prática ainda não é muito comum por lá. Esse ano, com as trans em evidência, fiquei surpresa diante da quantidade de produtos contendo gorduras parcialmente hidrogenadas nas prateleiras. Espero que os consumidores tornem-se cada vez mais conscientes.

A receita do pão veio daqui e fiquei tão entusiasmada que resolvi experimentar metade da receita ontem mesmo. Sempre tento embutir mais proteínas e nutrientes na alimentação do marido, que tem fases de vegetariano, e da Pisquilinha, que não gosta de comer. Por questão de praticidade, preparei a massa na máquina de pão, ou "panificadora". Todos aprovamos, não se percebe a presença do feijão e só achei que precisava um pouquinho mais de sal.

Pão de Feijão

1 xícara (chá) de leite morno
1 pacotinho de fermento para pão
1 xícara (chá) de feijão cozido apenas em água, amassado
2 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (chá) de sal
1 colher (sopa) de manteiga (usei azeite de oliva)
3 ou 4 xícaras (chá) de farinha especial para pão

Dissolva o fermento no leite morno e deixe descansar por 5 min. Ao final desse tempo, a mistura deve estar espumante. Em uma tigela grande, ponha todos os ingredientes e a mistura do fermento. A quarta xícara de farinha deve ser colocada aos poucos e se necessário. Trabalhe a massa até que fique uniforme e macia. Coloque na tigela untada, cubra com pano úmido e deixe crescer até dobrar de volume, aproximadamente 1 hora. Desinfle a massa, cubra e deixe crescer novamente, até dobrar de volume. Divida a massa, modele os pães e coloque em forma ou assadeira untada. Cubra e deixe crescer por mais 45 minutos. Pincele com azeite de oliva ou gema de ovos, se desejar, e asse em forno bem quente (180 a 190) por 40 minutos aproximadamente.

Salada de Verão


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No Brasil, o milho é comida junina, de inverno e São João. Aqui, nessa mesma época, é verão mas há disponibilidade e o consumo é abundante.

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O mais complicado dessa salada é assar e debulhar o milho. O resto é tão simples que pode ser preparada na horinha de servir. A cremosidade do abacate faz lembrar maionese e o sabor docinho do milho assado se destaca em cada garfada. Adorei a combinação.

Salada de Verão

2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 cebola picada
2 dentes de alho picados e amassados
1 pimentão picado (qualquer cor)
2 xícaras (chá) de milho assado debulhado
2 colheres (sopa) de suco de limão
2 xícaras (chá) de macarrãozinho cozido e quente
2 tomates, sem sementes, picados
Coentro picado
1/2 colher (chá) de cominho
Pimenta-do-Reino
Sal
1 abacate picado

Aqueça o azeite. Refogue o alho e a cebola. Acrescente o pimentão e, em seguida, o milho assado debulhado. Adicione o macarrão quente. Misture bem e retire do fogo. Coloque o suco de limão, os condimentos e o restante dos ingredientes. Misture com cuidado e sirva. Adaptação da: Cooking Light

Comida de Anjo

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Estava com vontade de comer algo doce e leve, que satisfizesse o desejo sem sabotar a dieta. Ao deparar com o tal "Angel Food" (comida de anjo) no mercado, lembrei de algodão doce e me ocorreu procurar uma receita para testar. Creio que a popularidade desse bolo deva-se ao fato de ficar levíssimo e não incluir gorduras.

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Em casa, com tudo pronto, notei que necessitaria de uma forma de buraco no meio, com fundo desmontável, da qual eu não dispunha. Resolvi o problema fazendo bolinhos em forminhas laminadas. Angel Food cupcakes...

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Fiz, também, um mini bolo e constatei que a forma desmontável é essencial, pois com a leveza e tendência da massa a grudar, torna-se difícil desenformar o bolo sem danos.

Bolo Comida de Anjo de Baunilha
1/2 xícara (chá) de açúcar mais 1/4 de xícara para reservar
1 favo de baunilha
1 xícara (chá) de farinha para bolo peneirada
6 claras de ovos
1/2 colher (chá) de cremor tártaro
1/4 colher (chá) sal
1 colher (chá) de suco de limão

Pre-aqueça o forno (180 graus). Abra o favo de baunilha e raspe as sementinhas de dentro com uma faca. Usando os dedos, misture-as à 1/2 xícara de açúcar. Peneire a farinha e misture ao açucar. Mexa com um batedor de arame.

Na batedeira elétrica, bata levemente as claras em alta velocidade, somente até que espumem. Adicione o cremor tártaro e o sal. Continue batendo até ponto de neve. Adicione, então, o 1/4 de xícara de açúcar que ficou reservado, 2 colheres de cada vez. Bata até o ponto de neve dura. Coloque o suco de limão. Vá peneirando a mistura de farinha e açúcar sobre as claras aos poucos e incorporando cuidadosamente .

Coloque a massa em forma apropriada, sem untar. Asse por 50 minutos ou até que esteja corado por cima e esponjoso ao toque. Retire do forno, coloque a forma inclinada de cabeça para baixo e deixe esfriar nessa posição. Utilize uma espátula para soltar o bolo da forma depois de frio. Sirva acompanhado de geléias, creme de chantily ou calda de chocolate.
Fonte: Cooking Light

Frango Oriental

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A receita era simples e fácil, com uma combinação de ingredientes que prometia, só que fiquei meio decepcionada. Tinha imaginado uma mistura mais suculenta, daquelas que envolvem o arroz aos poucos à medida em que comemos. Da próxima vez, recorrerei ao bom e velho caldo de galinha para conseguir tal resultado. Achei, também, que poderia levar uma pimentinha, mas isso é coisa da minha natureza baiana.

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No frigir dos ovos, eu diria que o sabor ficou razoável, bem suave. A grande vantagem é que não fica oleoso.

Frango Oriental

1/2 colher (sopa) do óleo de sua preferência
1 cebola cortada em pedaços grandes
4 dentes de alho, picados e amassados
1 colher (sopa) de gengibre ralado
1/2 kg de peito de frango em cubos (usei frango já assado)
2 xícaras de soja verde (edamame)
2 xícaras de pimentões de diversas cores picados (eu só tinha do vermelho)
2 colheres (sopa) shoyu
2 colher (sopa) de vinagre de arroz
2 colheres (chá) de óleo de gergelim escuro
1/4 colher (chá) de amido de milho
Cebolinha verde picada
Sal

Aqueça bem o óleo, em fogo alto. Adicione a cebola e deixe dourar levemente, depois acrescente o pimentão. Coloque o alho e o gengibre. Mexa rapidamente e acrescente o frango. Deixe fritar um pouco, mexendo para não grudar. Agregue a soja verde. Misture o shoyu, vinagre de arroz, óleo de gergelim e amido de milho. Acrescente ao frango e mexa bem. Ajuste o sal se necessário. Desligue o fogo, ponha a cebolinha por cima e tampe. Sirva com arroz.
Adaptação do livro Whole Foods Cookbook

A Moqueca Impostora

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Fiquei surpresa quando recebi e-mails solicitando a receita dessa moqueca que apareceu no post anterior. De tão simples que é, nem me ocorreu postá-la. Acho que a chamam de "impostora" por não levar leite de coco ou azeite de dendê, ingredientes tradicionais na Bahia.

Tinha planejado tirar um monte de fotografias das iguarias e refeições lá em casa, mas sempre que sacava minha maquininha, percebia sobrancelhas se movimentando, olhares a se cruzar e fazia-se um silêncio tenso, de respiração presa, para não atrapalhar minha concentração na foto, acho eu. O mais hilário era explicar o conceito de blog de culinária. Por fim, resolvi deixá-los à vontade e me deliciar com a comida e a prosa.

Moqueca Impostora

1 kg de bacalhau demolhado
Cebolas em rodelas
Tomates em rodelas
Pimentões em rodelas
Pimenta a gosto
4 dentes de alho amassado
Coentro
Cebolinha verde
Suco de limão
2 chuchus, em cubos
4 colheres de sopa de azeite doce
1 colher (chá) de extrato de tomate ou urucum em pó.

Refogue o alho amassado no azeite doce e adicione o extrato de tomate, 1/2 xícara de água quente e parte do coentro e cebolinha. Deixe apurar e alterne camadas de bacalhau, chuchu, rodelas de cebola e temperos verdes. Acrescente a pimenta. Regue tudo com o suco de limão e deixe cozinhar tampado, em fogo baixo, até que o bacalhau e chuchus estejam macios. Sirva com arroz.

Retornando

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(Hotel Catussaba, Stella Maris, Salvador)
Voltar de casa é um processo de reajuste. Tenho que "desacostumar", "re-acostumar" e "re-adaptar". Sempre me dou conta que a comida foi presença marcante em todas as ocasiões. A lembrança dos aromas, sabores, texturas e cores, de tudo que experimentei, me faz recordar momentos, lugares e pessoas queridas.

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(Doces de leite, abacaxi, , banana, cocada, goiaba e cocada com goiaba)
Eventualmente, a saudade dá lugar à expectativa da próxima visita e assim, entre saudades, fotos, novas receitas e perspectiva de futuras experiências, o tempo passa de maneira descomplicada e simples, tal como disse Silvia, "simples, como a vida deve ser".

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(Feijão fradinho com camarão seco, moqueca impostora de bacalhau, arroz com brócolis e saladinha)

Saudades!!!

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Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

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Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

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Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar, sozinho, à noite
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

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Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
(Canção do Exílio, Gonçalves Dias)
(Planeta Zoo, Lauro de Freitas, BA)