Panquecas com Sementes de Papoula

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Até provar o verdadeiro maple syrup, eu dizia que não gostava. Depois, houve uma transformação. Foi como descobrir um novo sabor de sorvete. Ao tentar descrevê-lo àqueles que perguntavam, eu dizia: "É como um mel leve, com perfume floral suave e adocicado...". Meu sobrinho, um dia, exclamou: "Deve ser o que pensam os passarinhos quando bebem néctar de flor."

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Panquecas com Sementes de Papoula

2 xícaras (chá) de farinha de trigo integral (
eu usei a comum não branqueada)
1 colher (chá) de fermento para bolo (
de preferência sem sulfato de alumínio)
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1/2 colher (chá) de sal

1/3 xícara (chá) de sementes de papoula
1/2 xícara (chá) de sementes de girassol tostadas (
nem sempre uso)
2 1/4 xícaras (chá) de buttermilk ou iogurte natural

2 ovos ligeiramente batidos
2 colheres (sopa) de manteiga derretida (usei azeite de oliva)

Junte todos os ingredientes secos. Adicione o buttermilk (ou iogurte), ovos e manteiga. Não misture demais, só o suficiente para incorporar. Não tem problema se a massa ficar um pouco empelotada.

Em fogo médio alto, aqueça a frigideira ou chapa própria e unte com manteiga. Para testar a temperatura da panela, jogue uma gotinha de água na superfície, se ela saltitar imediatamente, está pronta. Coloque então cerca de 1/3 de xícara de massa sobre ela. Deixe até que a parte inferior doure e bolhinhas de ar se formem na superfície. Vire e deixe mais alguns segundos. Sirva com maple syrup e/ou geléias de sua preferência.

Fonte: 101 Cookbooks

Maple Syrup

Cinara já falou sobre o assunto, mas como recebi algumas fotos recentes de meus amigos David e Cherie, achei interessante postar outra vez. Eles moram no estado de Vermont e produzem maple syrup, ou xarope de bordo, para consumo próprio. A narrativa é de Cherie.

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Embora o chão estivesse coberto de neve, o dia (28/03/08) estava lindo. David aparece aqui sozinho por que eu estava fotografando, mas eu também sei fazer tudo. Antes de conhecê-lo, costumava produzir sozinha. Desde 1979, faço maple syrup todos os anos.

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seiva começa a se formar na primavera e a temporada dura entre quatro e seis semanas. Normalmente, coletamos de trinta a quarenta litros de seiva para obter cerca de dois litros de xarope.

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Uma vez coletada, a seiva é transportada imediatamente para o galpão, onde é filtrada.

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O galpão tem mais de cem anos e é considerado grande para nossa pequena produção.

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A área dos fundos é aberta para facilitar a ventilação e amenizar o calor intenso emanado pela fornalha. Serve também para estocar a lenha.

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A caldeira de aço inoxidável fica acima da fornalha, que deve ser constantemente alimentada. A válvula (com a alça azul ) serve para escoar o xarope depois de pronto.

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Como não produzimos muito, o nível fica baixo e não alcança o bico da válvula. Por isso, usamos a concha. O processo de evaporação é demorado e requer paciência. É necessário atingir uma certa densidade, teor de açúcar e temperatura.

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No final, o xarope é filtrado e acondicionado em vidros esterilizados.

Melão em Calda de Coco e Hortelã

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Segundo minha mãe, o leite de coco engarrafado e o de caixinha têm gosto de sabão. Para ela, só o fresquinho, extraído na hora. Lá em Salvador, encontrar coco seco bom não é problema. Aqui, é como acertar na loteria. Embora haja disponibilidade de enlatados vindos quase sempre da Tailândia, eu prefiro contar com a sorte e arriscar.

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O leite de coco pode ser diluído para não ficar muito espesso. A receita original leva limão, mas nós preferimos o frescor do hortelã.

Melão em Calda de Coco e Hortelã


Leite de coco
Açúcar a gosto
Bolinhas de melão geladas
Folhas de hortelã miúdo

Misture o leite de coco ao açúcar e refrigere. Na hora de servir, faça as bolinhas de melão, coloque a calda e o hortelã em tirinhas bem finas por cima.

Adaptação: Gourmet

Curry de Ovos ao Estilo de Goa

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"Falar de Goa, é como falar da Bahia", diz Khartik Pinto, um goês/goense de alma baiana. Segundo me conta ele, o povo de lá adora o mar, é festeiro e leva a vida num ritmo todo especial, ou seja, sem pressa. Goa é a terra da arquitetura colonial, das praias, dos coqueiros ... É também reduto dos Silvas, Pintos, Fernandes, Pereiras e muitos outros.

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O consumo de ovos é um eterno impasse entre os vegetarianos que conheço. Muitos consideram a prática inapropriada, enquanto outros não se importam. Alguns mercados já vendem ovos "não fertilizados" para atender à demanda dos mais exigentes.

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Alterei as quantidades da receita original, mas mesmo assim, a mistura de especiarias não precisa ser utilizada na íntegra. É recomendável adaptar os condimentos conforme a preferência.


Curry de Ovos ao Estilo de Goa

1/2 xícara (chá) de leite de coco
1/2 xícara (chá) de coco ralado
1/4 colher (sopa) de pasta ou polpa de tamarindo
Pimentas malaguetas a gosto
1 pimenta vermelha seca inteira
1/2 colher (sopa) de sementes de cominho
1/2 colher (sopa) de sementes de coentro
1/2 colher (chá) de sementes de papoula brancas
1/2 colher (chá) de sementes de mostarda pretas
1 colheres (chá) de gengibre ralado
3 dentes de alho
1 cebola grande (picada ou ralada)
Folhas de curry
1 ou 2 tomates
1 colher (chá) de garam masala
1/2 colher (chá) de açafrão-da-terra
Sal a gosto
6 ovos cozidos (usei 12 ovinhos de codorna)

Coloque as sementes de coentro, cominho e de papoulas numa frigideira e aqueça em fogo baixo até ficarem aromáticas. Moa tudo eu uso um moedor de café elétricoe reserve. Passe o coco, o alho, gengibre no liquidificador ou processador até formar uma mistura homogênea. Acrescente a quantidade desejada das especiarias em pó a essa mistura e reserve.

Aqueça um pouco de óleo, coloque as sementes de mostarda e logo que pipocarem, ponha as folhas de curry. Junte a cebola picada ou ralada e deixe dourar. Acrescente o purê de tomate e depois que todo o líquido dele evaporar, agregue a mistura de coco reservada, o garam masala, açafrão-da-terra e sal. Mexa bem e deixe secar o máximo possível. Adicione então 1 1/2 xícara de (chá) de água (aumente a quantidade se preferir mais caldo) e mexa bem. Quando abrir fervura, reduza o fogo e cozinhe destampado por uns 8-10 min, ou até atingir a consistência desejada. Acrescente o leite de coco e tamarindo. Deixe ferver novamente por uns 2-3 minutos. Com a ponta de uma faca, risque cuidadosamente o exterior dos ovos descascados, junte-os ao curry e sirva.

Parque Florestal

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Apesar de frio, o fim-de-semana estava ideal para dar um passeio no parque florestal. O lugar é muito bonito e tem muitas coisas interessantes.

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Dada surpreendeu pisquilinha com uma "arraia" (eu acho que o pessoal do sul chama de papagaio ou pipa). O vento ajudou e eles se divertiram a valer.

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Eu aproveitei para observar as cores da paisagem.

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Mais tarde, enquanto Dada relaxava, apreciando o silêncio e a natureza, fomos coletar alguns insetos. Depois de observá-los, colocamos todos de volta.

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A caminhada foi longa, mas fomos sem pressa e nem sentimos. No meio do caminho, descansamos nesse riacho. Os dois competiram, jogando pedras na água, para ver quem fazia o "splash" maior.

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Na volta para casa, passamos no Café Tapioca para refrescar. Antes, essas bolinhas de sagu (ou pérolas de tapioca como são conhecidas aqui) eram servidas só com chá (o boba), mas agora estão em todo tipo de bebidas. Os sucos com quadradinhos de gelatina são novidade. Pisquilinha não largou o dela nem para a foto.

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Arroz com Beringelas e Especiarias

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Esse é um prato típico de Karnataka, no sul da Índia. O tamarindo deixa um azedinho discreto e o iogurte, servido como acompanhamento, suaviza, equilibra e neutraliza os sabores. É o casamento perfeito.

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A preparação tradicional utiliza um condimento meio desconhecido. Segundo explicam, é o fruto seco da alcaparreira (ou alguma variedade dessa família), diferente dos botões florais em conserva que geralmente encontramos. Já fiz a receita sem ele com ótimos resultados. Eu sempre uso a toda a mistura de especiarias de uma vez, mas as quantidades podem ser ajustadas conforme a preferência. Dá até para guardá-la numa vasilhinha fechada.

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As beringelas ficaram deliciosas, mas não são muito fotogênicas.

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Sementes de papoula brancas


Arroz com Beringelas e Especiarias

3 beringelas japonesas cortadas em cubos
1/2 colher (sopa) de sementes de coentro
1 colher (sopa) de lentilhas amarelas
½ colher (chá) de sementes de papoula brancas
1/4 colher (chá) de assafétida
1 colher (chá) de sementes de gergelim brancas
2 cravos-da-índia
1 pedacinho de canela em pau
1 pimenta vermelha seca
Pimenta-do-reino
Folhas de curry
2 colheres (sopa) coco seco ralado
1 colher (chá) sementes de mostarda preta
1 colher (sopa) de amendoins torrados (usei castanhas-de-caju)
1/2 colher (chá) de açafrão-da-terra (cúrcuma)
1 xícara (chá) de arroz basmati (a variedade que utilizo rende muito)
Tamarindo fresco (ou suco de limão)
Sal

Cozinhe o arroz com sal, açafrão-da-terra e um pedacinho de tamarindo (ou acrescente o suco de limão depois de pronto). Use água suficiente para que cozinhe e fique soltinho. Não deixe ficar mole demais.

Em uma frigideira, coloque as folhas de curry, o coentro, as lentilhas, as sementes, as especiarias e a pimenta seca. Aqueça em fogo baixo até que fiquem aromáticos. Junte o coco seco ralado. Quando começar a dourar, retire do fogo e triture tudo (
eu uso um moedor de café).

Numa panela larga, aqueça um pouco de óleo, coloque as sementes de mostarda e assim que pipocarem, acrescente algumas folhas de curry e a assafétida. Logo a seguir, adicione a beringela e as castanhas-de-caju (ou amendoim). Mexa bem, com cuidado para não esmagar a beringela. Diminua o fogo, coloque um pouquinho de água, só para fazer um vaporzinho. Tampe a panela e deixe cozinhar por alguns minutos. Depois que o líquido secar, acrescente um pouco de sal (se necessário). Mexa cuidadosamente. É necessário atenção pois a mistura fica meio seca e pode tender a grudar. Depois de algum tempo, acrescente os condimentos triturados. Mexa. Coloque um pouco mais de água para incorporar tudo. Tampe e deixe cozinhar por alguns minutos, mexendo de vez em quando. Assim que a beringela amaciar e a mistura secar, junte ao arroz cozido e quente. Deixe bem tampado até a hora de usar. Obs: Lembrar de remover as sementes do tamarindo antes de servir.
Adaptação daqui

Peras em Calda de Tocai-Friulano

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Adorei o sabor, aroma e leveza dessa sobremesa. Até a cor é suave e fresca.

Eu nunca tinha ouvido falar em Tocai Friulano, um vinho branco italiano, típico da região do Friuli-Venezia Giulia. Existe também o Tokay húngaro, que é diferente. Parece que recentemente os produtores húngaros reivindicaram os direitos ao uso do nome e ganharam.

Em minha família, só consumimos vinho na Páscoa ou Natal e, mesmo assim, tipos e marcas tão triviais e singelas que certamente fariam o expert se arrepiar. Assim sendo, deixo o assunto, comentários e sugestões de possíveis alternativas para quem entende.

Peras em Calda de Tocai-Friulano

1 garrafa de vinho Tocai Friulano
2 colheres (sopa) de mel
5 colheres (sopa) de açúcar granulado
Filetes de cascas de laranja a gosto
Filetes de cascas de limão a gosto (não usei)
Canela em pau a gosto
Cravos-da-índia a gosto
1 Anis-estrelado
6 peras de polpa firme

Em uma panela larga o suficiente para comportar todas as peras juntas, coloque o vinho, o mel, açúcar, filetes de cascas, canela, cravos e anis estrelado. Leve ao fogo médio alto até ferver. Reduza o fogo.

Descasque as peras e com um descaroçador de maçãs, remova o miolo delas. Deve-se tomar cuidado para deixá-las intactas. Coloque todas na calda e deixe que cozinhem parcialmente tampadas por 20 ou 30 minutos, até que fiquem macias. Se necessário, vire-as de vez em quando.

Remova as peras. Reduza o fogo e deixe a calda ferver destampada até reduzir pela metade e começar a ficar meio dourada. Coloque uma parte sobre as peras e a outra utilize na hora de servir.
Adaptação da Vegetarian Times

Espaguete com Abobrinha, Ervilhas e Iogurte

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Para desacelerar do rítmo frenético dos parques, Dada fez meditação e dieta de frutas. Eu preferi algo diferente. A opção foi perfeita para quebrar a rotina da comida de rua.

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Pisquilinha voltou querendo morar na Disneylândia. Pensando bem, eu até que não me importaria de viver num hotel... Seria uma maravilha voltar para casa e encontrar tudo arrumado, todos os dias.


Espaguete com Abobrinha, Ervilhas e Iogurte.

Espaguete fino
1 1/2 xícara (chá) de iogurte natural

1 1/2 xícaras (chá) de ervilhas frescas ou congeladas
Fitas de abobrinha a gosto
Folhas de manjericão cortadas
(às vezes uso sálvia ou hortelã)
Pimenta-do-reino e sal a gosto
Queijo parmesão ralado na hora

Coloque a água para ferver com sal e um fio de óleo. Se as ervilhas forem frescas, afervente-as nessa mesma água por uns 3 ou 4 minutos. Caso contrário, deixe apenas 1 ou 2 min. Retire-as da água com uma colher vasada e reserve. Em seguida, ponha as fitas de abobrinha e deixe por 30 segundos. Remova e reserve também. Deixe que esfriem um pouquinho. Cozinhe o espaguete até o ponto desejado.

Em uma tigela resistente ao calor, misture o iogurte, o manjericão (ou erva escolhida), sal e pimenta-do-reino a gosto. Coloque a tigela sobre o vapor do espaguete que está cozinhando e mexa com um batedor de arame por aproximadamente 1 min, até a mistura aquecer um pouco. Cuidado para não esquentar demais e comprometer a integridade do iogurte. Remova do calor, adicione as ervilhas e, aos poucos, o espaguete cozido e escorrido. Por último, acrescente as fitas de abobrinha e sirva com queijo ralado.

Dia 2 - Disneyland

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Geralmente, segunda-feira é um dia tranquilo, mas dessa vez, o parque estava muito cheio. Tinha gente até da Austrália. Esse castelo ao fundo é da Bela Adormecida. O de Cinderela fica na Flórida.

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As famosas panquecas de Mickey.

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Float de Abacaxi. Tive que esperar 30 min na fila.

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A casa de Minie.

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A cozinha, claro.

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O carro

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Show de Aladin ao vivo

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O show de fogos de artifício é narrado por Julie Andrews e no final a mensagem:
Os sonhos tornam-se realidade
.

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Dia 1 - California Adventure

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No domingo, começamos o dia dando parabéns para Dada no parque Califórnia Adventure.

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Os parques Disney aqui são menores que os da Flórida, mas tão legais quanto.

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Musical ao vivo com alguns personagens: Mickey e Woody

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Como pisquilinha ainda não pode ir nesse passeio, ficamos observando a reação das pessoas lá em baixo. É muito engraçado.

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Para refrescar

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Pé na Estrada - Anaheim, Califórnia

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Viagens repentinas são uma constante aqui em casa. Foi só Pisquilinha manifestar o desejo de comemorar o aniversário de Dada na Disneylândia e lá fomos nós. Para ganhar tempo, saímos sexta à noite, dormimos em uma cidadezinha na metade do percurso e continuamos no sábado de manhã.

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Paramos no Zooloógico de Los Angeles. Dada e Pisquilinha queriam ver as tarântulas.

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Eu preferi observar coisas mais agradáveis aos olhos.

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No final da tarde, estávamos famintos e resolvemos bancar os Destemperados na Little Ethiopia.

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Rahel, o restaurante preferido de Dada, estava cheio. O Nyala, do outro lado da rua, parecia bom e tinha opções não-vegetarianas.

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Como entrada, nos serviram homus apimentado e chá etíope aromatizado com cravos.

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O combination platter continha vários itens vegetarianos e também carnes. Todos bem picantes.

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O injera, um panquecão meio azedinho feito com farinha de teff, acompanha a refeição. E nada de talheres. Os etíopes comem com as mãos.