Khozukathai

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Entre meados de agosto e início de setembro, essa iguaria é preparada em comemoração ao aniversário de Ganesh, umas das divindades da mitologia hindu. Ganesh (também conhecido como Ganapati) é filho da deusa Parvati, esposa de Shiva, o deus supremo. Conta a lenda (há várias) que um dia, enquanto Shiva estava fora, Parvati criou um filho humano para vigiar e guardar a porta quando ela se banhasse. Usando pasta de cúrcuma, ela esculpiu a figura de um menino e deu-lhe vida.

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Ao retornar e dirigir-se ao encontro da esposa, Shiva é detido pelo menino que o desconhece. Indignado com a impertinência, Shiva termina por decapitá-lo com seu poderoso tridente. Parvati irada transforma-se em Kali, a deusa da destruição, e ameaça devastar o mundo inteiro (tenha medo de uma mãe com raiva). Para aplacar a ira de Parvati e se redimir, Shiva procura a cabeça do menino, mas não a encontra. Já avexado, ele pede aos soldados celestiais (chamados ganas) que tragam a cabeça do primeiro ser que encontrem.

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Ao sair, os ganas se deparam com um elefante à beira da morte. Pacientemente, aguardam que este pereça e cumprem a missão. A cabeça do elefante é então colocada no corpo do menino e Shiva lhe restaura a vida com um sopro. Parvati fica muito feliz e para agradá-la ainda mais, Shiva reconhece o menino como seu filho, o batiza de Ganesh (deus dos ganas) e determina que ele tenha prioridade em todas as celebrações. Por isso, Ganesh é sempre o primeiro a receber homenagens nas festividades, comemorações e cerimônias hindus. Acredita-se que todos aqueles que o favorecem serão agraciados.

Kozhukattai

Massa
1 xícara (chá) de farinha de arroz
1/2 colher (chá) de sal
2 xícaras (chá) de água (aproximadamente)
1 colher (chá) de Ghee ou óleo

Recheio
1 xícara de coco fresco ralado
1/4 xícara (chá) de açúcar ou melaço (mais, se preferir bem doce)
1/4 colher (chá de cardamomo em pó (ou mais, se preferir)

Dilua o melaço ou açúcar em um pouquinho de água e leve a mistura ao fogo. Acrescente o coco ralado e deixe secar. A mistura deve ficar parecendo uma cocada mole, sem calda. Adicione o cardamomo antes de desligar o fogo. Reserve.

Prepare a massa. Ponha o sal na água e leve ao fogo até ferver. Misture o restante dos ingredientes e mexedo com uma colher, adicione a água fervente aos poucos. A massa deve ficar macia, como massa de modelar. Se necessário, aumente ou diminua a quantidade de água. Faça discos de massa achatando e espalhando com os dedos untados, coloque o recheio e feche. Role as bolotas nas mãos para formatar tomando cuidado para não apertá-las.Cozinhe-as no vapor por cerca de 10 min.

23 comentários:

Marizé disse...

Adorei conhecer essa história, sou uma apaixonada por mitologia.

Bj

Filipa disse...

Também gostei muito de ficar a conhecer essa lenda, interessante.
E esses docinhos devem ser maravilhosos!

beijinhos

Rivera disse...

A receita pode nem ter nada a ver... mas no outro dia comi uma coisa num restaurante asiático que era muito parecido com isto mas no interior tinha feijão preto doce. E era deliciosa! Esta também parece ser muito boa!

ameixa seca disse...

Tadinho do elefante :)
Adoro estas histórias!
O nome do doce é o máximo... Deve ser muito bom. Gosto bastante de coco ;)

Katia Mine disse...

Adorei a história!!
e os docinhos tbém.
bjinhos

Neblina Orrico disse...

E um viva para Ganesh! :)Interessante a receita, um dia experimento. Neblina

Téia disse...

AGDÁ querida eu já conhecia o Ghanesh e sabia que ele era um deus muito respeitado na Índia, uma amiga nossa, há muito anos deu de presente a outra uma camiseta com ele estampado e fomos pesquisar, mas a história completa só soube agora.Que linda, né? O amor de uma mãe, realmente remove montanhas.Este doce finaliza lindamente e deliciosamente este romance. Bj grande.

Mariana disse...

Agdá, adorei conhecer a história de Ganesha! E os bolinhos são uma graça!
Daqui a pouco vou para a cozinha fazer a sua receita de geléia de pêssego! Depois conto como saiu!

Beijo *
Mariana
Caos na Cozinha

Odete disse...

Facinantes, a mitologia e o docinho.

Beijos

Claudia Rumi disse...

Ao ficar curiosa sobre esse doce, vi que alem dele tem uma linda introdução. Muito interessante!!Parabéns pela forma que vc escreveu e apresentou.bj claudia

Nani disse...

Nossa a receita parece boa, embora eu não saiba como se pronuncia o nome, rs Com farinha de arroz só sabia fazer bolo, gostei de conhecer mais uma receita.
Beijos

Eduardo Luz disse...

Que espetáculo ! E um belo samba do crioulo doido com direito a "avexado" e tudo!

laila radice disse...

incrivel conhecer essa lenda...é fantastica!!

e esses docinhos devem faezr juz a lenda...bjs

Cláudia disse...

Interessante saber sobre as lendas, mitologia da India. E o doce deve ser suave e muito gostoso.

bjs

Beatriz Belliard disse...

adorei conhecer a lenda ! E estes bolinhos parecem faceis de fazer, é claro que vou tentar ! bj

bio_geo_esds@ disse...

Gostei da história. Nunca fiz estes bolinhos, mas costumo comprar congelados e depois cozo no vapor. Mas homemade devem ser bastante melhores.

Emília disse...

Oi Agdá!Adorei o conto! Já faz um tempo eu comi um doce chinês parecido com esse, mas tinha coco ralado por fora, era muito gostoso! Adorei a receita! Beijinhos

Gioconda disse...

Receita acompanhada de lenda é bem mais interessante...

Silvinha disse...

Adorei conhecer a historia, achei-a interessantissima! Deu outra dimensão ao prato.

Beijo!

Claudia Lima disse...

No início pensei que fosse um tipo de nhoque , até que percebi tratar-se de um doce.
Eu adoro côco e imagino que seja delicioso, especialmente com o toque do cardamono.
Engraçado, tenha a impressão que já ouvi esta história uma vez!
Bjs :)

Maria Vitamina disse...

Uma histório muito bonita brilhantemente finalizada com um doce, belo post! :) Bjs

Ana Canuto disse...

Adorei você "dizer" que Shiva estava "avexado" !!!! `Viva nossa Língua Portuguesa e esse docinho deve ser muito bom mesmo.
Beijos.

Nysa disse...

que linda história e que lindas bolinhas ;-) gosto de comida com história!