Curry de Tomates e Iogurte

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A expressão "comida de pobre" no post de Ana me fez pensar nessa velha tendência de rotular comida. Às vezes, a simples menção de determinados alimentos já desperta um ar discriminatório no rosto das pessoas. Mas afinal, o que determina a classe social da comida?

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Entre os vários grupos étnicos daqui, há aqueles que não consomem isso ou aquilo baseados em princípios religiosos, ideológicos, culturais e pessoais. No entanto, eu não percebo preconceito "social" em relação aos alimentos. Até o americano típico está cada vez mais aventureiro, incorporando idéias e hábitos diferentes para desfrutar dos benefícios de uma dieta variada e rica. Eu acredito que o valor da comida está no teor nutritivo e não no "status social" que lhe atribuem.

Curry de Tomate e Iogurte

1 colher (chá ) de sementes de mostarda preta
1 cebola média picada
2 dentes de alho, picados e amassados (
mais ou menos, como preferir)
1 colher (chá) de gengibre ralado
1 colher (chá) de açafrão-da-terra (cúrcuma)
1/2 colher (chá) de pimenta vermelha em pó
1/2 colher (chá) de cominho em pó
1 colher (chá) de açúcar (opcional)
5 tomates maduros, sem sementes, em pedaços grandes
1 pimenta malagueta
Folhas de curry (opcional)
Óleo de sua preferência
1 xícara de iogurte natural (
usei o desnatado)
Sal a gosto

Aqueça o óleo e coloque as sementes de mostarda. Assim que começarem a pipocar, adicione as folhas de curry, se tiver, e a cebola picada. Deixe dourar e coloque o alho. Quando estiver bem fritinho, coloque o gengibre. Mexa bem. Reduza o fogo e ponha o açafrão-da-terra, a pimenta vermelha e o cominho. Mexa continuamente e acrescente os tomates. Com cuidado para não amassá-los, misture bem. Coloque 1/2 xícara (chá) de água quente, o açúcar (se usar), tampe e deixe ferver por uns 10 min. Ajuste o sal e retire do fogo. Deixe esfriar e depois, aos poucos, adicione o iogurte para não talhar. Antes de servir aqueça ligeiramente sem deixar ferver. Ajuste o sal novamente e sirva acompanhado de arroz branco.
Adaptação da receita de Nigel Slater

16 comentários:

Laurinha disse...

Agdá, concordo plenamente com "valor da comida está no teor nutritivo e não no "status social" que lhe atribuem", independentemente se o prato em questão é um preparado 'da moda' ou não.
É lógico que sempre vamos sendo apresentados a novos temperos, alimentos, modos de preparo/apresentação, pois tem-se de evoluir, né não?

Este curry está apetitosíssimo!
Anotado para experimentar!

Beijinhos

ameixa seca disse...

Há gente que vê status em tudo e tem medo de cair da posição social que tem ;) Esses não sabem o que perdem com determinadas refeições que julgam ser de pobre... na maioria são as mais ricas ;)

Nani disse...

Acho que algumas comidas são pobres sim, mas de nutrientes.
A sua receita é muito boa e bem diferente, gostei muito.
Beijos

Nani disse...

Acho que algumas comidas são pobres sim, mas de nutrientes.
A sua receita é muito boa e bem diferente, gostei muito.
Beijos

Ana disse...

Falou bonito, e concordo com voce: o valor da comida esta realmente em sua essencia e teor nutricional!
Ha muita comida simples que alimenta muito mais do que somente o estomago, conforta tambem a alma proporcionando nutricao e prazer a mesa.
Beijos!
Ana

Glau disse...

Agdá, ótimo post!
Temos que aprender a não ser preconceituosos com tudo na nossa vida, não somente em relação a comida! Aprender a respeitar o diferente, o comum, o incomum, o insutitado e por ai vai...

Bjos e ótima semana!
Glau

Carolina Andrade disse...

Agdah, vc disse tudo. As vezes,nas coisas mais simples se escondem as maiores maravilhas. Parabéns. Grande beijo.

Carolina Andrade disse...

Oi Agdah, desculpe...Em brunoise, significa picar tudo bem pequenino, quadradinhos minúsculos, com pedacinhos unifomes, para ficar como uma boa apresentação. No posto anterior havia colocado um glossário e tinha brunoise. Desculpe, esqueço de avisar!! Grande beijo

Eduardo Luz disse...

E além disso, do que se gosta e do que se quer aprender! Porque só valor nutritivo as vezes é ruim demais!
Cá pra nós, este universo é muito grande pra ficar rotulando tudo.
E chega de divagação!
Gostei muito das fotos do cuscus, ainda mais com a indefectível correntinha fazendo o contraponto!

Odete disse...

Falou e disse, amiga.
E viva o luxo da simplicidade sem rotulos!
bjs

Leonor de Sousa Bastos disse...

O prazer da simplicidade...único!

Beijos!

P.S- parabéns por ser "inspiradora" ;)!

Natural Naturalmente disse...

Minha querida, eu desde que sai do Brasil, ando sempre atraz da "comida de pobre", feijoada, migas, polenta... a verdade é que amo tudo o que seja bem feito e normalmente quem tem pouco faz malabarismo para dar um toque especial em cada prato.
Saudades
Beijos
Márcia

carmencita disse...

Assino embaixo. Meu prato predileto é arroz com feijão, desde que seja feito na hora.Voei 19 anos por esse Brasil afora, nas comemorações de fim de ano Natal/Ano Novo, estava sempre voando,e ficavamos nos melhores hotéis 5 estrelas, pago pela companhia aérea é claro.E eu detestava passar estas datas tão importante longe, e o que era pior as ceias aquelas comidas sofisticadas que os hotéis ofereciam nada a ver, com perú com caldas doces e frutas, pernil adocicado com frutas secas carameladas,etc...E eu procurando no meio de toda aquelas iguarias para uns, uma comidinha bem simples e gostosa ao meu paladar!!Comidas que vc via que a maioria não tinha costume, só por ser mais sofisticada, nem porisso gostosa.
Esse curry de tomates e iogurte com arroz, menina é tudo de bom.Bjss

Mão na Massa disse...

Olá

Só para avisar que as incrições para o desafio entre blogues estão abertas.

www.maonamassablogue.blogspot.com

Marula disse...

Agdá, simples e divino! Não precisamos de mais nada! ;)

Beijos!

Mari Rezende disse...

Agdá, eu concordo plenamente com você! Acho muito boba essa história de rotular comida como "brega" ou como "comida de probre"... Isso é tão bobo que um prato que é símbolo do nosso país, a feijoada, já foi considerada comida de escravos e hoje é apreciada por todas as classes sociais!

Beijinhos!