Cogumelos ao Estilo Indo-chinês

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Essa é a adaptação vegetariana do frango com pimenta original. A fusão da comida chinesa com especiarias e condimentos é muito apreciada pelos indianos. Eu chamo de comida chinesa apimentada.

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Sempre acho interessante como as diversas cozinhas internacionais tendem a incorporar certos elementos e até ajustar-se ao paladar local. Comida chinesa tem sabor diferente em Salvador, aqui e na Índia. O mesmo acontece com a comida
mexicana aqui.

Cogumelos ao Estilo Indo-chinês


Cogumelos variados (usei 350 g)
Alho picado a gosto
1 colher (chá) de gengibre ralado
Pimentões vermelhos, cortados em pedaços grandes
1 cebola, cortada em pedaços grandes
1/4 colher (chá) de canela em pó (mais, se preferir)
Pimenta malagueta a gosto (opcional)
Sal a gosto
2 colheres (sopa) molho de soja (shoyu) ou tamari
1/4 colher (sopa) de amido de milho
1 colher (sopa) de azeite de oliva

Coloque os cogumelos em água fervente por 2 a 3 min. Escorra e deixe de molho no shoyo por uns 15 minutos.
Amasse o alho, o gengibre e pimenta malagueta até formar uma pasta. Aqueça o óleo em uma frigideira, salteie primeiro a cebola e reserve. Depois coloque o pimentão por alguns segundos. Eles devem ficar ainda crocantes, por isso não deixe que murchem. Retire-os da panela e reserve. Adicione a pasta. Mexa e deixe em fogo baixo por uns 2 minutos.

Acrescente os cogumelos escorridos, duas colheres de chá de água e sal. Cubra e deixe que cozinhem por 4 ou 5 min. Dilua o amido de milho em um pouquinho de água e acrescente à mistura. Cozinhe destampado até que a maior parte do líquido evapore.
Adaptado de:Sunkiran

Curry de Peixe com Tamarindo

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Muitas pessoas têm a impressão que comida indiana é difícil de preparar. Alguns pratos realmente contêm vários ingredientes e, às vezes, até condimentos diferentes, mas nem todos são complicados. Esse curry, por exemplo é bem simples e fácil, como moqueca.

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Muitos se intimidam por causa da pimenta. Quando cozinho para pessoas que têm menor tolerância, uso o mínimo, ou até omito se necessário. Como no caso de meu compadre Thomas que, ao menor sinal de pimenta, fica com as bochechas e os lábios avermelhados. Aí, só mesmo iogurte para arrefecer...


Curry de Peixe com Tamarindo

500 g de peixe em postas ou pedaços ( eu prefiro os de água salgada, com carne branca)
1 colher (chá) de pimenta vermelha em pó
1/4 colher (chá) de açafrão-da-terra
1/2 colher (sopa) de cominho moído
Sal a gosto
Pimenta malagueta a gosto (opcional)
Folhas de curry (opcional)
2 colheres (chá) de gengibre ralado (mais, se preferir)
2 tomates médios
1/2 xícara de leite de coco (mais, se preferir)
1/2 vagem de tamarindo, descascada


Coloque o tamarindo de molho em 1 xícara de água fervente. Reserve. Bata um dos tomates e o gengibre no liquidificador com um pouquinho de água. Reserve também. Ponha as postas ou pedaços de peixe em uma panela larga. Polvillhe com a pimenta, açafrão-da-terra, cominho, sal, pimenta malagueta (se usar), e folhas de curry, se tiver. Adicione o outro tomate picado. Ponha a polpa de tomate reservada por cima. Tampe e leve ao fogo médio até abrir fervura. Se necessário, adicione um pouquinho mais de água. Não muito. Deixe ferver tampado por 15 minutos. Nesse meio tempo, coe o tamarindo demolhado e esprema para extrair toda a polpa. Junte o líquido coado (cerca de 1 xícara), e o leite do coco ao curry. Deixe ferver de novo e retire do fogo logo. Deixe descansar por algum tempo antes de servir para que o peixe absorva o sabor do molho.
Fonte: Bhakshanam

Abobrinha com Hortelã ao Forno

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O calor escaldante da última semana foi amenizado por uma frente fria e voltamos ao aquecedor. Essa receita é bem simples, leve e fresquinha. Como sugerido, sirvo com iogurte, ou kefir, aromatizado com alho.

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Tendo nascido e me criado em Salvador, eu inegavelmente falo baianês. Na terrinha, nos referimos ao óleo de oliva como "azeite doce", para diferenciar do azeite de dendê. O hortelã comum é hortelã miúdo, pois existe o graúdo também.

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E, ao contrário do que se pensa, nem todos na Bahia colocam coentro em tudo. Minha mãe (a rainha dos provérbios) costuma dizer que "tudo demais são sobras". A comida ficaria muito enfadonha se tudo tivesse o mesmo sabor sempre.

Amanhã é feriado, só voltarei na quarta.


Abobrinha com Hortelã ao Forno

3 abobrinhas médias, cortadas em rodelas
Cebolinha verde picadinha, a gosto
2 colheres (sopa) de hortelã miúdo picadinho, ou a gosto
1/2 colher (chá) de pimenta vermelha
em flocos (não usei)
Páprika doce ou picante a gosto (minha adição)
Sal a gosto
1/2 colher (chá) de pimenta-do-reino moída, ou a gosto
1/4 xícara (chá) de azeite de oliva (usei um pouco mais do extra virgem)

Preaqueça o forno 200 º C. Forre uma assadeira grande com papel alumínio (não é necessário, mas eu acho que simplifica a limpeza no final). Misture todos os ingredientes numa tigela e depois, espalhe na assadeira. Leve ao forno por 20-30 minutos. Sirva quente.

Bolo de Azeitonas Pretas

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Eu tenho o costume de merendar de manhã e à tarde. O pessoal aqui não tem esse hábito e desde os tempos de intercâmbio quando ficava das oito às três na escola, sentia falta de uma cantina ou lanchonete por perto. O único sinal de comida nos intervalos das aulas eram as batatinhas, salgadinhos, chocolates e refrigerantes das máquinas. Nada de sucos e sanduíches mistos feitos na hora, como no colégio em Salvador. Nada de coxinhas, quibes, pastéis ou "sonhos", os preferidos de todos. Lembro com saudades da época em que aguardávamos ansiosamente o recreio para comer as tais guloseimas e jogar conversa fora.

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Nessa nostalgia, querendo merenda boa, lembrei desse bolo turco. Não encontrei as famosas azeitonas turcas, com sabor mais intenso e menos ácido. Só havia as marroquinas que são mais salgadinhas, por isso, diminuí a quantidade e excluí o sal da receita. Mesmo assim, achei que ficou meio puxadinho.

A farinha que usei era especial para bolos, bem mais leve e muito fininha. Para dar mais textura, usei um pouco de farinha de milho, aquela de polenta. (Mil perdões, Lídia, se violei as leis da culinária turca).


Bolo de Azeitonas Pretas

2 xícaras (chá) de azeitonas pretas picadas (usei apenas uma)
3/4 xícara de azeite de oliva (reduzi para 1/2 xícara)
1 xícara de iogurte natural
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
3 ovos
1/2 xícara de hortelã fresco picado
Cebolinha verde a gosto (não usei)
1 colher (sopa) de pimenta vermelha em flocos (usei a fresca picada)
1 colher (sopa) de sementes de nigella (opcional)
1 colher (chá) de fermento para bolo
1/4 colher (chá) de bicarbonato de sódio
Sal (se necessário)

Bata os ovos, o iogurte e o azeite de oliva. Acrescente as azeitonas, cebolinha, hortelã, pimenta e sementes de nigella (se usar). Misture bem. Adicione a farinha, o fermento e o bicarbonato. Coloque em forma untada e polvilhada. Leve ao forno já preaquecido (180 C) por 40 ou 50 min ou até que o palito saia limpo.
Adaptado de:Cozinha turca e Almost Turkish

Batatinhas com Romã

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As sementes de romã secas, anardanas em pársi, são azedinhas como tamarindo e servem para quebrar a monotonia das batatas. Esse é definitivamente um prato só para aqueles que apreciam tais sabores.

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Agora com a chegada do verão, vou tentar reproduzir as criações lindas, maravilhosas e fresquinhas de Marizé.

Batatinhas com Romã

750g de batatinhas baby, cortadas ao meio, cozidas e escorridas
1 pimenta vermelha seca (
mais se preferir)
¼ colher (chá) de açafrão-da-terra
½ colher (sopa) de sementes de coentro
1 colher (chá) de sementes de cominho
1 colher (sopa) de sementes de romã secas (
mais se preferir)
Sal a gosto

Aqueça a pimenta vermelha e as sementes numa frigideira, quando ficarem aromáticas, retire do fogo e triture junto com as sementes de romã. Reserve.

Aqueça um pouco de óleo ou ghee numa panela, adicione o açafrão-da-terra, a mistura triturada e sal. Mexa bem rápido e acrescente as batatas. Misture com cuidado, envolvendo todas as batatinhas. Sirva quente.
fontes: Celtnet Recipes e Life@30

Pão de Leite Doce

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O verão chegou. Sábado, fez tanto calor que houve blecaute por algumas horas, em virtude da demanda por ar-condicionado. Como aqui em casa, tudo é elétrico e nada funciona sem energia, fomos passear e comer na cidade vizinha.

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No domingo cedinho, aproveitei para colocar a mão na massa antes de declarar período de hibernação para o forno.

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Esse pão é meio demorado. Eu não consegui formatá-lo direito ainda, mas ele fica bem macio, docinho e de certa forma cremoso. Acho melhor quando consumido quentinho ou no mesmo dia.


Pão de Leite Doce

2 1/2 colheres (chá) de fermento para pão granulado
375 g de farinha especial para pães (
às vezes uso mais ou até menos)
105 g de açúcar
1 ovo inteiro
1 gema
2 colheres (sopa) de manteiga derretida (
usei azeite de oliva)
1/2 xícara (chá) de leite
Sal (
a receita original não pede, mas eu coloco uma pitadinha)

Dissolva o fermento em 1/4 de xícara de água morna e um pouquinho de açúcar. Deixe descansar por 5 ou 10 minutos em lugar fechado.

Para preparar a massa manualmente, misture todos os ingredientes até que formar uma massa macia e elástica.
A massa fica mole mas não deve ficar pegajosa demais. Faça uma bola e deixe que descanse 45 minutos em uma tigela untada e coberta com filme plástico. Depois desse tempo, desinfle a massa, forme a bola novamente e coloque de volta na tigela. Cubra e deixe crescer até dobrar de volume, cerca de 45 minutos.

Se usar a panificadora, coloque os ingredientes na máquina e programe a função adequada para sovar e descansar a massa.

Nessa etapa, depois do ciclo da máquina ou do descanso necessário (se fizer manualmente), divida a massa em pedaços menores e iguais (cerca de 45 g cada), forme bolinhas, cubra com um pano de prato e deixe que descansem por 20 min.


Em superfície untada, abra cada bola com um rolo. Tente formar um retângulo com 0.5 cm de espessura. Comece a enrolar o lado maior como um rocambole. Transfira os rolinhos para uma assadeira (18 x 28 cm) untada, com a extremidade (ponta ) para baixo deixando 0.5 cm de espaçamento entre eles (não devem ficarem nem muito próximos ou separados demais). Repita o processo até usar todas as bolinhas de massa restantes, cubra e deixe que descansem por 45 min ou até dobrarem de volume.

Preaqueça o forno a 180º C, pincele os pães com ovo batido, ou simplesmente manteiga derretida (eu usei azeite doce apenas). Asse por 20 - 25 minutos. É recomendável atenção pois os fornos variam e os pãezinhos tendem a dourar bem rápido.
Fonte: Sweet Indulgences

Keema de Soja

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Keema (kheema/qeema) é basicamente carne moída condimentada. É um prato muito popular no norte da Índia e Paquistão. Não estou bem certa, mas acredito que tenha origem persa.

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Como a fase vegetariana daqui ainda está em vigor, usei carne de soja. A receita original leva iogurte e polpa de tomates, que preferi excluir nessa versão adaptada. Eu costumo servir keema com chapatis e thoran de espinafre, mas aproveitei para fazer novamente os porottas e tentar fotografar a formatação. Atualizarei o post em breve.

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Macis é uma membrana alaranjada que envolve a noz-moscada.

Keema


1 cebola grande picada ou em rodelas fininhas (
como preferir)
1 colher (chá) de sementes de mostarda preta
1/2 colher (sopa) de garam masala
2 colheres (chá) de gengibre ralado
5 dentes de alho picados e amassados
2 colheres (chá) de sementes de coentro moídas
1/2 colher (chá) de açafrão-da-terra
1/2 kg de carne de soja cozida e escorrida
1/4 colher (chá) de macis moída
1/4 colher (chá) de noz-moscada
1/2 colher (chá) pimenta vermelha em pó (ou a gosto)
1 xícara de ervilhas cozidas (opcional)
Folhas de curry (opcional)
Sal

Aqueça um pouco de óleo, adicione as sementes de mostarda e quando pipocarem, junte as folhas de curry seguidas da cebola. Deixe que doure bem, mas sem queimar. Eu gosto bem dourada. Acrescente o alho e refogue bem para depois acrescentar o gengibre. Diminua o fogo, adicione o coentro, garam masala, açafrão-da-terra, macis, noz-moscada e pimenta vermelha. Mexa bem (cuidado para não queimar) e quando ficar aromático, junte a soja e sal. Misture bastante. Pouco antes de retirar do fogo junte as ervilhas (se estiver usando.
Fonte: Adaptação da receita original de Madhur Jaffrey

Porotta

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Os americanos não têm muita tolerância com falta de pontualidade. A escola de pisquilinha, por exemplo, inflige multa de US$1.00 por cada minuto de atraso na saída das crianças. Eu procuro estar nos conformes, nem tanto pelo dinheiro, mas para não fazer jus à má reputação dos baianos e brasileiros em termos de horários. Infelizmente, nem sempre é possível. Ontem, ao sair de casa, esqueci as chaves e fiquei do lado de fora sem conseguir entrar. A solução mais simples foi chamar Dada que veio rápido. Mesmo assim, cheguei atrasadérrima na escola e morri de vergonha quando as duas professoras olharam para o relógio ao me ver entrar.

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Porotta é uma espécie de roti ou "pão", típico do sul da Índia, que geralmente acompanha curries de carne e frango. A massa é semelhante àquela que preparamos para pastel e, às vezes, contém ovos. Depois de prontos, os porottas ficam crocantes por fora, macios e cheios de camadinhas por dentro, como massa folhada. Há versões parecidas na Malásia e Singapura. São muito calóricos, mas deliciosos.

Porotta


2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (chá) de açúcar
Sal a gosto
Água morna o suficiente
1 colher (sopa) de óleo (
sempre uso azeite de oliva)

Misture todos os ingredientes e acrescente a água aos poucos até dar liga. Trabalhe a massa até ficar lisa e mais macia que massa de pastel. Forme uma bola, pincele com óleo, cubra com um paninho úmido e deixe descansar por 1 hora.

Divida a massa em partes iguais e menores que bolas de tênis. Em uma superfície bem untada, utilizando um rolo, abra as bolas de massa, uma de cada vez. Estique o máximo possível, até ficar fininha e meio transparente. Pincele toda a superfície da massa aberta com óleo, ghee ou manteiga derretida. Suspenda a massa pelas extremidades e torne a colocá-la na mesa fazendo dobras, ou camadas, como que construindo um leque de papel. No final, depois de toda dobrada, enrole as duas extremidades como se estivesse, ao mesmo tempo, abrindo e fechando duas torneiras (a mão esquerda enrola girando no sentido horário e a direita no anti-horário). Quando os dois círculos se encontrarem no meio, coloque um por cima do outro e pressione para achatá-los. Repita a operação com todas as bolotas.

Aqueça uma frigideira ou chapa, pincele com óleo. Com um rolo, achate os montinhos de massa enrolada, deixando-os como discos de pizza pequenos. Leve os discos à frigideira, um de cada vez, virando para que dourem por igual. Retire do fogo e assim que possível, achate-os com as mãos, como se afofasse um travesseiro. Sirva quentinho.

Bolinhos de Chocolate com Sorvete Incrementado

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A semana que passou foi de atividades em homenagem aos professores. Cada dia, Pisquilinha e os coleguinhas estiveram ocupados, desempenhando tarefas especiais. Um dia, saímos para escolher flores, no outro para comprar um presentinho. Confeccionamos um cartão com dedicatória e ela até pintou um quadro da turma.

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Na sexta-feira, a associação de pais ofecereceu um almoço aos professores e funcionários da escola. Foi um trabalhão, mas todos os pais ajudaram. Fiquei encarregada da sobremesa e optei por esse bolinho de chocolate com sorvete pela praticidade. Dá para preparar tudo com antecedência, refrigerar e levar ao forno minutos antes de servir. Foi perfeito. O único problema é que o tal bolinho é uma novela e nunca sei o que vai acontecer. Ele deve ficar como um "petit gâteau", mas por causa das variações de temperatura nos fornos e da minha preocupação em não servir algo cru, nem sempre consigo aquele efeito "lava". Minha estratégia, então, é assá-los nas tigelinhas de porcelana (ramekins) e se não ficam molinhos, nem desenformo. Deixo lá mesmo. Não tem erro. A receita rende bastante e ainda mais por que usei ramekins pequenos. Reduzi drasticamente a quantidade de especiarias e açúcar por causa do pessoal aqui.

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O sorvete de baunilha foi providenciado por um dos pais, eu só fiz incrementar.

Bolo de chocolate com Especiarias e Sorvete Incrementado


Sorvete de baunilha
Gengibre cristalizado em pedacinhos, a gosto
1 colher (sopa) de rum escuro para cada 1/2 litro de sorvete (ou a gosto)
400 g de chocolate meio-amargo, picado
1 1/4 xícara (chá) de manteiga sem sal
2 colheres (chá) de sementes de coentro em pó (
usei apenas 1)
2 colheres (chá) de cardamomo em pó (usei apenas 1/4)
1 colher (chá) de canela em pó
1/2 colher (chá) de cravo-da-índia em pó (usei apenas 1/4)
1/2 colher (chá) de pimenta branca
6 ovos grandes
6 gemas
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
3 xícaras (chá) de açúcar de confeiteiro (usei apenas 1 1/2)
1 xícara (chá) de farinha de trigo

Deixe o sorvete amolecer um pouquinho e misture ao rum e gengibre cristalizado. Leve ao congelador para endurecer novamente.

Unte as forminhas. Ponha o chocolate e a manteiga numa panela e leve ao fogo em banho maria para derreter. Há quem use o microondas. Quando formar um creme liso, adicione todas as especiarias, misture bem e deixe esfriar um pouco. Enquanto isso, bata ligeiramente os ovos e a baunilha. Acrescente o açúcar, depois o chocolate e em seguida, a farinha. Coloque nas forminhas preparadas. (Nesse estágio, podem ser cobertas com filme plástico e refrigeradas até a hora de assar no mesmo dia ou dia seguinte).

Preaqueça o forno a 220 graus. Asse por 15 min (18 min para os refrigerados), ou até que as extremidades fiquem firmes e o centro meio mole (No meu forno, já consegui o efeito lava assando por apenas 12 min, mas sempre fico com a impressão de que pode não estar bem assado e acabo deixando mais tempo). Retire do forno, passe uma faca bem fina nas bordas para soltar os bolinhos. Deixe que esfriem por 5 minutos. Se o centro ficar mole, é só inverter no prato, polvilhar com açúcar e servir com o sorvete.

Kitchari

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A combinação de arroz e dal é idolatrada por muitos indianos. Há quem afirme ser o alimento preferido dos iogues e se não me engano, de acordo com os princípios da medicina aiuvédica, além de equilibrar as energias do corpo, tem propriedades digestivas e curativas.

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A complexidade da mistura e o nome variam dependendo da região, no entanto, a versão simples sem condimentos, às vezes com verduras, é um dos primeiros alimentos sólidos dados às criançinhas de uma forma geral.

Kitchari

1 xícara (chá) de lentilhas amarelas
1 xícara (chá) de arroz Basmati ou outro
1/2 colher (chá) de açafrão-da-terra (cúrcuma)
1/2 colher (chá) de garam masala
Ghee (usei azeite de oliva e menos)
1 colher (chá) de sementes de cominho
1/2 colher (chá) de pimenta vermelha em pó
1/8 colher (chá) de assafétida
Grãos de pimenta-do-reino
1 colher chá de sementes de mostarda
Folhas de curry
Sal

Coloque as lentilhas de molho na véspera. No outro dia, cozinhe com o açafrão-da-terra até ficarem bem macias. Não ponha sal durante o cozimento. Só depois. Enquanto isso, aqueça o óleo, ou ghee, acrescente as sementes de mostarda. Depois que pipocarem, adicione o cominho e a pimenta-do-reino. Em seguida, junte as folhas curry, a assafétida, a pimenta vermelha em pó e o garam masala. Mexa bem e adicione às lentilhas. Acrescente também o arroz, sal e água quente o suficiente. Tampe e deixe até o arroz ficar no ponto desejado. Alguns preferem o arroz mais ligado, outros mais solto. Há quem deixe secar e outros gostam dele cremoso ou até mais líquido como sopa.
Adaptação: Lord Krishna's Cuisine

Curry de Ervilhas com Panir

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Visitar blogs de comida é como ir ao mercado com fome. Foi só Risonha falar nas ervilhas que produziu na horta e comecei a pensar em outras formas de utilizar a colheita.

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Esse curry é originário do norte da Índia, mas creio que essa receita foi adaptada pelo pessoal do sul. Ele se torna melhor ainda no dia seguinte. O sabor das especiarias fica mais pronunciado e é absorvido pelo panir.

Curry de Ervilhas com Panir

2 xícaras (chá) de ervilhas frescas ou congeladas (
mais se preferir)
Panir em cubos, dourados a gosto
2 colheres (sopa) de creme de leite (
usei iogurte)
1 cebola ralada ou batida no processador
1 tomate médio (mais se preferir)
1 colher (sopa) de castanha de caju torrada
1 colher (chá) de garam masala
1/4 colher (chá) de cardamomo em pó
1/2 colher (chá) de cominho em pó
1/2 colher (chá) de gengibre ralado
1 dente de alho, picados e amassados
Folhas de curry ou 1 de louro (opcionais)
1 colher (chá) de pimenta vermelha em pó ou a gosto
1/2 colher (chá) de acafrão-da-terra (cúrcuma) em pó
2 colher (chá) de sementes de coentro em pó
1 colher (chá) de açúcar
Sal


Passe o tomate e as castanhas de caju no processador e reserve. Aqueça um pouco de óleo, coloque as folhas de curry (ou louro) o alho. Em seguida, junte a cebola. Deixe até começar a dourar. Acrescente o gengibre ralado, as especiarias e mexa bem. Adicione a mistura de tomate reservada e sal. Cozinhe até o líquido evaporar completamente. Mexa de vem em quando. Ponha 1/2 xícara de água e o açúcar. Quando engrossar novamente, adicione as ervilhas e cozinhe até amaciarem. Desligue o fogo. Ajuste o sal ou açúcar, se preferir mais docinho. Deixe esfriar um pouco e acrescente o o creme de leite ou iogurte. Se ou iogurte for adicionado ao curry muito quente, pode talhar. Mexa bem e sirva.

Lassi de Manga e Cardamomo

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Marizé aguçou minha imaginação ao falar tão entusiasmadamente sobre as "receitas para namorar". Por enquanto, providenciei uma alternativa mais simples para matar a vontade.

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Mangas maduras me fazem lembrar do verão no interior da Bahia... As mangueiras ficam carregadas e o vento espalha aquele perfume doce e gostoso para todo lado.

Lassi de Manga e Cardamomo

1 xícara (chá) de iogurte natural (eu sempre uso o desnatado)
1 xícara (chá) manga madura picada
Açúcar a gosto
1/4 colher (chá) de cardamomo em pó (ou a gosto)
Gelo (opcional)

Bata todos os ingredientes no liquidificador e sirva com pedacinhos de pistache por cima. Se a manga for fibrosa, é recomendável coar antes.

Fonte:Bakthi Rasayana

Couve-flor com Panch Phoran

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Recebi alguns e-mails mencionando que eu ainda não postei receitas indianas essa semana.

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Panch phoran é a mistura de sementes de nigella, mostarda, feno-grego, erva-doce e cominho. Esse quinteto, usado em verduras e às vezes peixes, é típico do estado de Bengala. Embora alguns prefiram moer as especiarias, o tradicional é deixá-las inteiras.

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Quando eu era adolescente, tinha um caderninho onde costumava anotar frases interessantes que encontrava. Entre elas, havia um pensamento de Rabindranath Tagore, um poeta bengali: "Se de noite chorares por ter perdido o sol, as lágrimas te impedirão de ver as estrelas."


Couve-flor com Panch Phoran

Ramos de couve-flor (uso uma inteira)
1 colher (chá) de cominho em pó
1 colher (chá) de gengibre ralado
1/2 colher (sopa) de vinagre
1 colher (chá) de garam masala
1 tomate maduro picado
Pimenta malagueta picada a gosto
1 cebola picada
1 colher (chá) de panch phoran
Sal a gosto

Misture a couve ao gengibre, vinagre, cominho, pimenta e vinagre. Deixe descansar por uns 30 min. Aqueça um pouco de óleo em uma frigideira, adicione o panch phoran e depois de alguns segundos, coloque a cebola. Deixe dourar. Acrescente a couve-flor e o tomate. Tampe e deixe em fogo baixo. Depois de alguns minutos, polvilhe o sal e o garam masala sobre a couve-flor. Deixe cozinhar tampado até que a couve fique macia.
Fonte:
Não consegui me lembrar de onde veio. Assim que descobrir atualizo.