Kichadi

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Já estávamos terminando o jantar, quando de repente, tudo começou a balançar. Logo percebemos que se tratava de um terremoto, fenômeno comum nessa parte da Califórnia. Felizmente, apesar da magnitude 5.6, o epicentro foi distante daqui. Nessas horas, sinto muitas saudades da minha terra... Mas, assim é a vida e cá estamos.

Kichadi é um dos nossos curries favoritos. Rodelas de quiabo fritas, imersas em um molho de iogurte condimentado, acompanhadas de arroz basmati. Simples e delicioso. Eu cresci comendo essa verdura e lá em casa, adoramos. Apesar da viscosidade, acho que é muito saborosa. Quando quero evitar a fritura, coloco as rodelas em uma assadeira, borifo com o spray de óleo e levo ao forno até dourar. A textura não fica exatamente igual, mas satisfaz. Para variar o sabor, às vezes, adiciono assafétida, elimino o coco e/ou acrescento gengibre ralado. Quem não tem muita tolerância à pimenta pode deixar sem.

Kichadi
2 xícara (chá) de quiabos cortados em rodelas
1 xícara (chá) de coco fresco ralado
1/2 colher (sopa) de sementes de mostarda preta
1 colher (chá) de sementes de pimenta vermelha seca
2 pimentas malaguetas em rodelinhas
2 xícaras (chá) de iogurte natural
1 colher (sopa) de óleo
Sal a gosto

1 colher (chá )de sementes de mostarda inteiras
1 pimenta vermelha
Folhas de curry

Coloque as sementes de mostarda e de pimenta em uma frigideira vazia e leve ao fogo para aquecerem. A seguir, moa as sementes até virarem pó. Aqueça um pouco de óleo e frite as rodelinhas de quiabo. Quando corarem, coloque em papel absorvente e deixe descobertas.

No processador, misture o coco, o iogurte e a pimenta malagueta. Em uma panelinha, fogo baixo, aqueça 1/2 colher (sopa) de óleo e coloque a colher de (chá) de sementes de mostarda. Quando pipocarem, adicione as folhas de curry, a pimenta seca e a mistura de sementes em pó. Mexa bem. Acrescente a mistura de iogurte e sal. Após 2 ou 3 min, desligue o fogo. Não é para ferver. Deixe descansar um tempinho para tomar gosto. Antes de servir, acrescente as rodelinhas de quiabo.

Poha com Lentilhas e Ervilhas

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O post de Bia sobre flocos de feijão, me lembrou desses flocos de arroz pré-cozido e prensado, muito consumidos pelos indianos. Segundo Dona Savatri, minha mentora nessa versão, as preparações com poha são geralmente servidas no café-da-manhã e, às vezes, como lanche. Ela explicou que é alérgica a amendoim e por isso, prefere as ervilhas. Para dar uma cor mais amarelinha, aumenta-se a quantidade de açafrão-da-terra. Eu gostei tanto assim que não mudei.

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Poha com Lentilhas e Ervilhas

Folhas de curry
2 xícaras de poha (flocos de arroz)
2 colheres (chá) de sementes de mostarda preta
1 colher (chá) de semente de cominho, inteiras
1 cebola picada
2 pimentas malaguetas picadas
1 colher (chá) de gengibre ralado
1 colher (chá) de polpa de tamarindo (dissolvida em 1/2 xícara de água), ou suco de limão
1 colher (chá) de sementes de gergelim (opcional)
1 colher (sopa) de lentilhas alaranjadas cruas
1/4 colher (chá) açafrão-da-terra
1/8 colher (chá) de
assafétida (opcional)
1 xícara (chá) de ervilhas frescas ou amendoim torrado
Sal a gosto

Lave os flocos de arroz em bastante água. Ponha em um escorredor e reserve. Aqueça um pouco de óleo e coloque as sementes de mostarda, de cominho, e as lentilhas. Mexa freqüentemente, quando pipocarem acrescente as folhas de curry e sementes de gergelim. Logo depois, a cebola. Deixe dourar. Adicione o gengibre ralado e a pimenta malagueta. Mexa bem e agregue a assafétida, o açafrão-da-terra e sal. Misture bem. Coloque os flocos de arroz e as ervilhas, mexa e acrescente a polpa de tamarindo dissolvida. Tampe e deixe em fogo baixo por 1 ou 2 min. Sirva.

Bolo de Maçã e Canela

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Outono é tempo de maçãs e de canela. Aqui, as maçãs são abundantes como bananas no Brasil. Há inúmeros tipos e variedades. Nessa época do ano, o consumo de canela também aumenta consideravelmente. Todos a preparar iguarias perfumadas.

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Como não gostamos das famosas "apple pies", tento aproveitar a safra de outras formas. Essa receita me pareceu ótima para o café-da-manhã de domingo. É um bolo muito gostoso embora menos leve, desses que chamam de "pão rápido". Eu preferi excluir o sal e só usei farinha comum. A maçã verde é melhor porque tem menos líquido e fica mais firme.

Enquanto Dada e pisqüilinha dormiram até tarde, eu preparei o bolo e tomei minha xícara de café folheando os catálogos de Natal.

Bolo de Maçãs

Farofinha

1/3 xícara (chá) de farinha de trigo
1/4 xícara (chá) de açúcar mascavo
3/4 colher (chá) de canela
1/8 colher (chá) de sal
1/4 xícara (chá) de nozes torradas e picadas (opcional)
1 colher (sopa) de suco de maçã
1 colher (sopa) de óleo ou manteiga derretida

Bolo

3 claras de ovos
1/4 colher (chá) de cremor tártaro
1 xícara (chá) de açúcar granulado
2 1/4 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 colheres (chá) de fermento p/ bolo
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 colher (chá) de canela
1/2 colher (chá) de sal
1 1/2 xícara (chá) de maçãs verdes, descascadas e picadas
1 xícara (chá) de buttermilk
3 colheres (sopa) de óleo ou manteiga derretida
1 colher (chá) de baunilha

Preaqueça o forno a 180. Prepare a farofinha misturando os ingredientes com um garfo e por último o suco. Vá acrescentado aos poucos e use somente a quantidade suficiente para umedecer a farofa. Talvez não precise usar todo.
Bata as claras em ponto de neve e acrescente o cremor tártaro. Bata até que fiquem firmes. Aos poucos, acrescente 1/2 xícara (chá) de açúcar e continue batendo até ponto de neve dura.

Em uma tigela, ponha a farinha, o restante do açúcar, o fermento, o bicarbonato, a canela e o sal. Em outra, m
isture o buttermilk, o óleo e a baunilha e adicione a mistura de ingredientes secos aos poucos. Não mexa demais, só até incorporar. Acrescente as maçãs e metade das claras batidas. Vá incorporando devagar com uma espátula, sem mexer bruscamente. Em seguida, distribua a massa entre duas formas de bolo inglês untadas e polvilhadas com farinha. Espalhe a farofinha por cima e leve ao forno por 40 ou 50 minutos. Faça o teste do palito, levando em consideração os pedacinhos de maçã no meio. Retire do forno e coloque na grade para esfriar por 10 min antes de desenformar.

Channa Masala

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Minha mãe sempre diz que grão-de-bico é como amendoim cozido, difícil conseguir parar de comer. A grande maioria das pessoas aqui prefere utilizar o produto enlatado, mas eu acho o sabor e a textura bem diferentes. Nada como o natural.

Essa versão de channa masala é muito gostosa. Quando participei de um curso de culinária asiática, aprendi a receita. O tradicional é que seja picante, mas a quantidade de condimentos e especiarias pode ser ajustada conforme o gosto pessoal. O gengibre congelado fica melhor para ralar.

Channa Masala

1 colher (sopa) de óleo
1 colher (chá) sementes de mostarda preta
1 cebola média picada
3 dentes de alho, picados e amassados
1 colher (chá) de gengibre fresco ralado
1 tomate passado no processador ou liquidificador
1/2 colher (chá) de açafrão-da-terra (cúrcuma)
2 colheres (chá) de cominho em pó
1 pitadinha de noz-moscada
1/8 colher (chá) de canela em pó
1 1/2 colher (chá) de sementes de coentro moídas
1/2 colher (chá ) de pimenta vermelha em pó
3 xícaras (chá) de grão-de-bico cozido em água e sal
Folhas de curry (opcional)
Suco de limão
Sal

Aqueça o óleo e coloque as sementes de mostarda. Quando estalarem, acrescente as folhas de curry e a cebola picada. Deixe dourar completamente. Quanto mais melhor. Acrescente o alho e deixe dourar também. Coloque o gengibre ralado e, logo a seguir, as especiarias. Mexa bem, em fogo baixo, até que fiquem bem aromáticas. Coloque o tomate processado. Mexa e deixe evaporar todo o líquido. Retire do fogo e deixe esfriar um pouco. Coloque a mistura refogada de especiarias, 1/2 xícara de grão-de-bico e um pouco de água do cozimento em um copo de liqüidificador usado só para temperos. Outra alternativa seria um mixer de imersão. Bata e misture ao restante dos grãos-de-bico inteiros. Acrescente sal, suco de limão a gosto e leve ao fogo novamente para engrossar. Sirva com chapatis ou arroz basmati.

Dia Mundial do Macarrão

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Antes de receber o convite de Verena para comemorar o Dia Mundial do Macarrão, eu nem sabia que a data existia, mas qualquer desculpa para comer massa é sempre bem-vinda.

Pappardelle com Brócolis e Presunto de Parma

Macarrão tipo pappardelle
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
4 dentes de alho picados e amassados
1 cebola média picada
100 g de presunto tipo parma fatiado fino, picado
1 colher (chá) de sementes de erva-doce esmagadas
1/4 colher (chá) de pimenta calabresa em flocos
1 maço de brócolis ramoso
1 xícara (chá) de queijo parmegiano-reggiano ralado
1/2 xícara (chá) de pinhões (pinoles) torrados

Aqueça a água para cozinhar o macarrão. Quando estiver fervendo, coloque o brócolis primeiro para pre-cozinhar. Retire após alguns segundos e reserve. Prossiga cozinhando o macarrão. Em outra panela, aqueça o azeite de oliva e coloque as sementes de erva-doce. Em seguida, refogue o alho. Quando começar a dourar, junte a cebola. Deixe amaciar e acrescente o presunto, mexendo freqüentemente por uns 2 ou 3 min. Adicione a pimenta calabresa e o brócolis pré-cozido. Mexa bem. Acrescente sal e pimenta-do-reino.

Escorra a massa, reservando um pouco da água do cozimento. Em fogo baixo, misture a massa ao brocoli e acrescente algumas colheradas de água para umedecer, se necessário. Acrescente o queijo ralado, os pinhões (pinoles). Sirva imediatamente
Adaptação da Revista Bon Apettit


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I didn't know there was such a thing as a World Pasta Day until I got Verena's invitation to join the celebration. Well, since any excuse to eat pasta is more than welcome, there you have it.

Pappardelle with prosciutto and brocolli rabe

Pappardelle pasta
2 tablespoons extra-virgin olive oil
4 garlic cloves, flattened
1 medium onion, chopped
100 g thinly sliced prosciutto, chopped
1 teaspoon fennel seeds, crushed
1/4 teaspoon dried crushed red pepper
1 large bunch broccoli rabe
1/2 cup pine nuts, toasted
1 cup freshly grated Parmegiano-Reggiano

Pre-cook broccoli rabe in the water that will be used for the pasta. Reserve. Start cooking pasta. In the meantime, heat oil in a skillet over medium-high heat. Add fennel seeds and then garlic. Cook, stirring frequently, until lightly golden. Mix in onion and sauté until translucent. Toss prosciutto and stir until it starts to shrink and/or brown. Add dried crushed red pepper, then pre-cooked broccoli rabe. Season to taste with salt and pepper. Drain pasta, reserving some of the cooking liquid. Combine pasta and broccoli rabe mix over low heat. If necessary, add reserved cooking liquid by tablespoonfuls to moisten. Sprinkle cheese, pine nuts and serve.
Adapted from Bon Apettit

Pao Bhaji

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Pao/pau/pav (do português "pão") bhaji é um purê de verduras bem picante, servido com pão, introduzido na Índia pelos portugueses. As verduras utilizadas na preparação do bhaji (o purê) variam conforme o gosto e até princípios religiosos. Os adeptos do jainismo, por exemplo, não usam raízes nem tubérculos, ou seja, nada que cresce embaixo da terra. Algumas pessoas acrescentam purê de lentilha ou feijão para aumentar o valor protéico.

Além dos condimentos tradicionais, minhas amigas indianas fazem uso da mistura comercializada, ou pao bhaji masala, que dá o sabor característico ao prato de forma fácil, mas há quem prepare em casa. Se alguém tiver interesse, postarei a receita depois.

Pao Bhaji

1 cebola picada
1 dente de alho
1/4 de pimentão picado
1 tomate sem pele e sem sementes picado
2 1/2 xícaras de verduras picadas (vagem, cenouras, couve-flor, batatas, etc.)
1/2 xícara de ervilhas frescas
2 colheres (chá) de masala para pao bhaji
1 colher (chá) de coentro em pó
1/2 colher (chá) de cominho
1 colher (chá) de pimenta vermelha em pó
1/4 colher (chá) de açafrão-da-terra (cúrcuma)
Sal a gosto
1/2 colher (chá) de gengibre ralado
Suco delimão a gosto

Leve as verduras ao fogo em pouca água. Deixe cozinharem até ficarem bem macios. Amasse as verduras ainda quentes com pouco de caldo, até a consistência desejada. Aqueça um pouco de óleo e refogue o alho, depois acrescente a cebola e deixe dourar. Adicione o gengibre, o pimentão e o tomate. Deixe refogarem bem até desmancharem, formando uma pasta. Agregue as especiarias e mexa bem por 2 min. Misture o purê de verduras e deixe cozinhar um pouco mais até encorpar. Acrescente suco de limão. Retire do fogo e sirva com cebolas e folhas de coentro picadas.

Corte os pães ao meio, passe manteiga e aqueça em uma frigideira ou chapa.

Pão do Q'Sopa

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Q'Sopa era um restaurante em Salvador, nem sei se ainda existe. Ficava no Politeama de Cima, perto do Forte de São Pedro, bem no centro da cidade. Só abria de tardinha e como o nome já diz, só tinha sopa. Dentre os mais diversos e deliciosos tipos servidos, havia sempre a sopa do dia, que trazia como acompanhamento um pãozinho moreninho, quentinho, tão macio e fofinho, que a gente nem sabia se tomava a sopa ou se comia o pão. Alguns tomavam a sopa mastigando o pão, enquanto outros molhavam o pão na sopa, valia de tudo.

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Achei uma receita de pão nova, que me lembrou dos velhos tempos e daquele restaurante. Por isso, de agora em diante, ele passa a chamar-se "Pão do Q'Sopa" e tenho dito.


Pão do Q'Sopa

1 1/4 xícara (chá) de leite morno
1 ovo batido
2 colheres (sopa) de manteiga (usei azeite de oliva)
1/4 xícara (chá) de acúçar granulado
3/4 colher (chá) de sal
3 3/4 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 colheres (chá) de fermento p/ pão
1 colher (chá) de manteiga derretida (usei azeite de oliva)

Coloque os ingredientes na panificadora, conforme as intruções do manual. Programe-a para sovar a massa. Depois de 5 minutos, adicione 1 ou 2 colheres (sopa) de água ou farinha para ajustar a consistência, se necessário. Ao final do ciclo, desinfle a massa e coloque-a em superfície untada. Divida ao meio, corte em pedaços menores e forme os pãezinhos. Ponha-os em assadeira untada. Pincele e cubra. Deixe descansar por 1 hora ou até dobrarem de volume. Asse em forno preaquecido ( 180º ou 200º C) por 10-15 minutos ou até dourarem.

Almôndegas ao Molho Rústico

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Ontem, os pais de Avery, amiga de Pisqüilinha, ligaram perguntando se podiam dar uma passadinha aqui à noite, para as meninas poderem brincar um pouquinho. Mais tarde, chegaram trazendo o jantar...

Tudo veio pronto numa cestinha de piquenique, só fizemos cozinhar o macarrão, enquanto os maridos papeavam e as meninas pintavam o sete. Acabamos por comer muito. Só Dada ignorou as almôndegas, mas adorou o molho simples e delicioso.

Molho de Tomate Rústico

1/2 xícara de (chá) azeite de oliva
1 cebola grande picada
6 dentes de alho grandes, picados e amassados
1/2 dúzia de tomates sem pele, picados e amassados
1 colher (chá) de açúcar (mais se preferir)
Pimenta-do-reino
Sal
Folhas de manjericão frescas a gosto

Aqueça o azeite doce e adicione o alho. Em seguida, coloque a cebola e deixe dourar. Junte os tomates, sal e pimenta. Deixe cozinhar por uns 15 minutos. Prove, ajuste os temperos e agregue o açúcar. Deixe cozinhar até a consistência desejada. Antes de servir, coloque o manjericão, adicione as almôndegas e deixe aquecer em fogo baixo, tampado.

Panna Cotta de Chocolate com Calda de Amaretto

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Outubro inicia oficialmente a estação do chocolate. As lojas já estão em rítmo de Natal, mas as crianças mal podem esperar pelo Halloween no final do mês. Sendo da terra do carnaval, adoro as fantasias, o faz-de-conta, dar asas à imaginação infantil e poder "ser" algo diferente. Já os outros costumes tradicionais, como as decorações fantasmagóricas e a peregrinação de porta em porta para colentar doces e chocolates, não me entusiasmam de forma alguma e por isso, não os incorporamos.

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Muito leve e refrescante. A calda de Amaretto ficou perfeita, mas quero experimentar outras.

Panna Cotta de Chocolate com Calda de Amaretto

60 g de chocolate meio amargo picado
200 ml de creme de leite fresco
100 ml leite
20 g de açúcar
7g de gelatina sem sabor
1/2 colher (chá) de baunilha

Calda
50 g de chocolate meio-amargo
1 colher (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de Amaretto

Hidratar a gelatina em 50 ml de leite por 5 minutos. Misturar o creme de leite, o açúcar e restante do leite. Levar ao fogo, misturando bem até quase ferver. Retirar do fogo e adicionar o chocolate, misturando bem até dissolver. Depois que amornar, adicionar a gelatina hidratada e a baunilha. Mexer até ficar uniforme, depois coar e colocar nos vasinhos. Gelar até o dia seguinte e desenformar.

Para a calda, misturar o chocolate com açúcar e Amaretto e levar ao fogo em banho-maria até atingir a consistência desejada.
Adaptação da revista WW

Aloo Gobi com Ervilhas

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Típico da região de Punjab, no norte da Índia, aloo gobi (batatas com couve-flor) é um dos curries vegetarianos mais conhecidos. Enquanto eu adoro a variação com ervilhas (aloo gobi mutter), Dada não quer nem ouvir falar delas.

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Há muitas receitas diferentes, com ou sem cebolas, alho, tomates, coentro verde e até com assafétida, mais usada no sul do país. Muitos enfatizam que o aloo gobi tradicional deve ser seco, sem caldo e a proporção das hortaliças e especiarias também pode mudar conforme o gosto. A versão que mais nos agrada leva sementes de cominho inteiras e manga verde em pó (amchur/amchoor), que pode ser substituído por suco de limão.

Resolvi pegar o filme Driblando o Destino (Bend it like Beckham), para revermos depois do jantar. Soube que no DVD do filme há uma cena extra demonstrando a preparação do aloo gobi.

Aloo Gobi com Ervilhas

1/2 cabeça de couve-flor (raminhos separados)
2 batatas grandes cortadas em cubos grandes

1/2 xícara de ervilhas frescas ou congeladas
2 colheres (chá) de sementes de coentro em pó
1/4 colher (chá) de açafrão-da-terra em pó (cúrcuma)

1/4 colher (chá) de pimenta vermelha em pó (chili)
1 colher (chá) de amchoor (manga verde em pó ou suco de limão)

1/2 colher (chá) de sementes de cominho inteiras
2 pimentas malaguetas cortadas ao meio
1 1/2 colher (chá) de gengibre ralado
1 folha de louro

1 colher (sopa) de óleo
Sal a gosto

Junte o açafrão, a pimenta em pó, o coentro e o amchoor, ou suco de limão, com de água suficiente para formar uma mistura rala. Aqueça o óleo e coloque as sementes de cominho, quando começarem a estalar, adicione a pimenta malagueta e o gengibre. Em seguida, acrescente a mistura de especiarias e a folha de louro. Deixe ferver e secar um pouco e as especiarias começarem a ficar aromáticas. Adicione primeiro as batatas. Misture bem e coloque um pouquinho de água quente só para que cozinhem devagar no vaporzinho. Tampe e deixe em fogo baixo mexendo esporadicamente. Quando estiverem quase amaciando, na metade do cozimento, coloque a couve-flor, mexa, tampe e deixe cozinhar até amaciar a gosto. Antes de retirar do fogo, coloque as ervilhas, dando tempo suficiente para que cozinhem. Sirva com arroz ou chapatis.

Horchata

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Quando éramos pequenos, costumávamos beber água de arroz. Minha mãe sempre disse que os mais velhos consideravam esse hábito muito saudável. Durante a gestação com hiperemese, poucas eram as coisas que eu conseguia tolerar, entre elas água d'horchata.

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Aqui na Califórnia, não é tão comum, mas em qualquer taqueria de Chicago é possível encontrar essa bebida refrescante e deliciosa, com saborzinho de canela, que muitas vezes me servia de alívio.

Horchata

1/2 xícara (chá) de farinha de arroz (arroz inteiro, moído até virar pó)
1 xícara (chá) de amêndoas sem pele
1 pauzinho de canela
4 xícaras (chá) de água
1/2 xícara (chá) de açúcar
1/4 colher (chá) de baunilha

Junte a farinha de arroz, as amêndoas e a canela. Adicione metade da água e leve à geladeira coberto até o dia seguinte. Passe no liquidificador até ficar bem uniforme. Adicione a outra metade da água (ponha mais se preferir até atingir a consistência desejada), o restante dos ingredientes e continue a bater. Coe em peneira bem fina ou coador de pano. Sirva bem gelado ou com gelo.
Fonte: Food Network

Curry de Feijão com Espinafre e Tamarindo

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Feijão é o novo Rei da Quinzena e por coincidência, foi nosso almoço de ontem. O consumo de feijão branco não é muito comum entre a maioria dos indianos que conheço. Segundo Shoba, mãe da amiga de minha "pisqüilinha", essa variedade é mais usada pelos concanis.

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A comida concani é menos complexa pois é preparada com pouquíssimos ingredientes. Geralmente, tem um azedinho peculiar, atribuído ao tamarindo. Aqui, tenho mais facilidade de encontrar o extrato de tamarindo, mas se houver disponibilidade dele in natura, é só deixar um pedacinho de molho em água, espremer, coar e usar o líquido na preparação.

Curry de Feijão Branco com Espinafre e Tamarindo

2 xícaras (chá) de feijão branco cozido em água e sal
1/2 xícara (chá) de coco passado no liquidificador ou processador
2 colheres (chá) de pimenta vermelha em pó (chili)
1 colher (chá) de polpa ou extrato de tamarindo
4 dentes de alho
Folhas de espinafre a gosto
1/4 colher (chá) de açafrão-da-terra (cúrcuma)

Deixe reduzir o caldo no final do cozimento do feijão. Acrescente o espinafre e deixe murchar cozinhando por 5 minutos. Adicione o coco, tamarindo, e chili. Aqueça o alho em óleo quente e quando começar a dourar, acrescente o açafrão-da-terra e misture ao curry. Sirva com arroz branco ou chapatis.

Chili Pasta

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Essa semana que passou foi atarefada. Minha Pisqüilinha caiu quando brincava no parque e fissurou o cotovelo. Resultado, vai ter que passar pelo menos um mês com o braço engessado. Ficamos morrendo de pena. Segundo o médico, são coisas da vida e crianças que nunca quebraram nada ou arrancaram algum pedaço daqui ou dali, não tiveram infância. Enfim...

Eu tinha planejado fazer a receita de Sylvia para usar com o pesto de sementes de abóbora, mas esqueci de comprar o pimentão vermelho. Foi aí que minha amiga Andrea disse ter visto uma idéia fantástica com chili, mas o post não trazia a receita.

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Depois de muito procurar, descobrimos outra versão que ficou bem parecida e picante.

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Massa Fresca Apimentada

1 colher (sopa) de pimenta em pó (chili ou usar somente páprica, se preferirem sem)
2 colheres (sopa) de páprica
2 1/4 xícaras de farinha de trigo
1 1/2 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de cominho em pó
1 colher (chá) de alho em pó
3 ovos
1 colher (sopa) de azeite de oliva

Misture os ovos e o azeite de oliva. Coloque os outros ingredientes do processador, ligue e agregue a mistura de ovos aos poucos pelo bocal. Deixe processar até que a massa forme uma bola e logo a seguir, coloque em superfície polvilhada com farinha e ajuste a consistência, se necessário. Enrole em filme plástico e deixe descansar no refrigerador por 1 hora antes de usar.

Uttapam com Chutney Verde

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Recebi o prêmio do Rei da Quizena, gentilmente enviado por Valentina. Estou namorando com as fotos, receitas e o cheirinho de livro novo. Até minha pisqüilinha ficou encantada e mesmo sem entender, pediu para "cheirar um pouquinho".

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A inspiração para o café-da-manhã veio de lá. Combinei e adaptei duas receitas. O chutney verde com coco ralado fresco é perfeito para servir com Uttapam, uma panqueca feita com a mesma massa usada para dosa, só que mais grossa e menor. Nosso muito obrigado a Valentina.

A cozinha do Agdá fechará temporariamente nos próximos dias. Vamos estar ocupados com alguns projetos e também na Feira do Livro da escola. Voltaremos a abrir na outra semana. Um beijo a todos.

Chutney Verde de Coco

Coentro verdinho a gosto (somente as folhas)
1/2 colher (chá) de gengibre picado
1 pimenta malagueta
1 xícara de coco fresco ralado
1 colher (chá) de sementes de mostarda preta
Folhas de curry (opcional)
Pimenta vermelha seca (opcional)
4 colheres (sopa) de iogurte natural (usei o grego escorrido)
Sal a gosto

Passe o coco, o gengibre, a pimenta e o coentro no processador (eu tenho dois copos para usos diferentes). Em uma panelinha, aqueça um pouquinho de óleo e coloque as sementes de mostarda. Quando começarem a pipocar, acrescente as folhas de curry e a pimenta seca. Coloque a mistura de coco e deixe aquecer um pouquinho sem ferver. Retire do fogo e junte o iogurte, o sal e misture bem.

Pizza de Chocolate

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Hoje, minha criaturinha estava sem fome, mas inventou arte. Disse que queria pizza de chocolate com banana... De vez em quando, ela diz que quer essas coisas assim, pensando que vai escapar. Mas lá fui eu, procurar o produto da imaginação fértil... Mas achei, tem mesmo.
O resto ficou por conta dela e tinha por que tinha que levar banana.

Massa para pizza

3/4 xícara (chá) de água morna
1 envelope de fermento para pão
2 xícaras (ou mais) de farinha de trigo
1 colher (chá) de açúcar
3/4 colher (chá) de sal
3 colheres (sopa) de azeite de oliva

Misture a água ao fermento e mexa até dissolver. Deixe descansar por uns 5 min.Pulse a farinha, açúcar e sal no processador. Acrescente o fermento dissolvido e o azeite de oliva. Deixe processar até formar uma bola. Transfira para uma superfície levemente polvilhada. Trabalhe a massa delicadamente até ficar macia e uniforme. Polvilhe mais farinha se estiver muito pegajosa. Coloque em tigela untada (unte a massa também) e cubra com filme plástico. Deixe descansar por 1 hora ou até dobrar de volume. Desinfle a massa e utilize.
Fonte: Bon Appetit

Lingüini com Rúcula e Pecorino

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Quando Ana, minha amiga carioca, veio jantar conosco, preparamos essa receita bem simples que encontrei aqui e aqui.

Eu não costumo usar muito pecorino por que tende a ser um pouco salgado, mas ficou tão bom e agradou tanto, que já repeti diversas vezes.

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O fofinho de Ana e minha pisquilinha são amiguinhos e adoram brincar juntos.

Lingüini com Rúcula e Pecorino

Macarrão tipo linguini cozido com pouco sal
1 xícara (chá) da água do cozimento do macarrão
3 colheres (sopa) de manteiga (usei 1 colher de azeite de oliva)
1 1/4 xícara (chá) de queijo
Pecorino Romano ralado (mais se desejar)
1 1/2 colher (chá) de pimenta-do-reino
1 xícara (chá) de rúcula cortada
Tomatinhos cereja

Assim que o macarrão cozinhar, escorra (lembrando de reservar parte da água) e misture com a manteiga ou azeite de oliva. Adicione, o queijo, a pimenta-do-reino e a rúcula, alternando com a água até ficar a gosto. Sirva com os tomatinhos e queijo ralado.

Trifle ou Pavê?

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Lá em casa, essas sobremesa em camadas eram conhecidas como pavês, mas minha comadre me disse que agora chamam de "trifles" mesmo. Improvisei a de hoje com pão-de-ló, creme de baunilha mais light, morangos, calda simples de framboesa com Triple Sec e algumas gotas de chocolate, por que ninguém é de ferro.

Desde que começamos a namorar até hoje, Dada e eu sempre dividimos a sobremesa. É gostoso terminar o jantar e saborear juntos algo leve e doce, enquanto observamos nossa pisqüilinha brincar.


Creme de Baunilha

1 xícara (chá) de leite
2 colheres (sopa) de amido de milho
1/2 vagem de baunilha, aberta
1 ovo
1 gema
3 colheres (sopa) de açúcar

Com um batedor de arame, misture metade do leite com o amido de milho até dissolver. Acrescente o restante do leite e a baunilha. Leve ao fogo médio, mexendo constantemente até ferver. Reduza o fogo e deixe cozinhar mais 2 min. Retire do fogo. Bata o ovo, a gema e o açúcar e continuand a bater, acrescente aos pouquinhos a mistura de leite quente. Leve novamente ao fogo e cozinhe em fogo baixo por cerca de 1 min, mexendo sempre até engrossar. Passe por uma peneira fina e deixe esfriar.

Farinata, Socca, Fainá

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Ultimamente, essa igüaria vem se tornando muito popular. Socca, farinata ou fainá é uma espécie de crepe, panqueca ou massa, feita com farinha de grão-de-bico. Uma amiga argentina tinha um namorado italiano e os dois sempre costumavam apresentar essa especialidade para os amigos. Já comi de várias maneiras, ao forno, bem crocante, como panqueca, mais macia, fininha, mais grossa, e também como base para pizza. As possibilidades são ilimitadas.

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Em Berkeley, havia um restaurante que servia os mais variados tipos de socca, mas infelizmente ele fechou e ainda não encontramos outro.

Farinata (Socca)

1 xícara (chá) de farinha de grão-de-bico
1 3/4 xícara (chá) de água morna
2 colheres (chá) de sal (ou a gosto)
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
Pimenta-do-reino moída na hora

Misture todos os ingredientes, cubra e deixe descansar por 12 horas.
Coloque uma assadeira no forno preaquecido (230ºC) e deixe esquentar bem. Depois de quente, unte com azeite de oliva. Em seguida, coloque uma camada fina da massa (mexa bem antes de usar) e cubra toda a superfície da assadeira. Leve ao forno por uns 10 ou 12 min., até que esteja firme e começando a dourar nas pontas. Retire do forno e remova da assadeira cuidadosamente. Repita a operação com o restante da massa. Sirva com azeite de oliva e queijo parmesão ralado.
Fonte: NY Times